terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Espectador

Foi isso que fui.
O jogador no banco. Sentado numa cadeira de um cinema muito pessoal. O repórter de guerra. O voyeur.
A conclusão saudável é apenas uma: usei este espaço para “gritar”. O espectador revoltou-se e agarrou numa caneta. Ou num teclado, como acharem mais exacto. Posso dizer que aqui me senti (sinto) em casa. Confortável, livre. Com paredes pintadas a chuva ao pôr-do-sol de um dia solarengo. Como eu adoro.
Mas entretanto esqueci-me (ou pensando bem nunca me apercebi) daquilo que me faltava. O frio do entardecer. O molhado das gotas. O calor de um diálogo em detrimento de palavras solidárias e solitárias.

Peço desculpa se vai demorar mais uma semana para aparecer outro texto. Ou pensando bem, retiro o que disse.

Vou estar a viver aquilo que podia estar a escrever (e não peço desculpa por isso),
o Homem do Meio.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Keep your head up, keep your heart strong

"I saw a friend of mine the other day,
and he told me that my eyes were gleamin'.
Oh I said I had been away, and he knew,
oh he knew the depths I was meanin'.
And it felt so good to see his face,
or the comfort invested in my soul.
Oh to feel the warmth of a smile,
when he said "I'm happy to have you home."
Ooh I'm happy to have ya home."
- Ben Howard - Keep Your Head Up




Amo o acaso com que descubro estes pequenos prazeres auditivos,
o Homem do Meio.