domingo, 31 de maio de 2009

Coisas do "Maio"

"With arms wide open, under the sunlight..."
- Creed - With Arms Wide Open

É bom ver que há coisas que mudam. É mau ver que há coisas que mudam. É indiferente ver que há coisas que mudam. Isto para dizer que tudo muda. Muda a realidade. Muda a nossa maneira de pensar. Muda a maneira de pensar dos outros. Tudo muda. Se não damos por isso, é porque mudámos juntamente com o que mudou. Se damos é porque a mudança é connosco incompatível, e mudámos noutro sentido.

As amizades mudam. Fortalecem-se, quebram-se, transformam-se. E quem diz amizades diz amores. E quem diz amores diz relações familiares. E quem diz relações…

Este mês foi aquele em que eu mais senti a mudança. De tudo. De todos. De mim próprio. Felizmente, para melhor. Não vou dizer aqui que estou mais positivo, porque não estou. Isso seria negar a realidade de tudo o que nos rodeia. Despreocupado. Essa sim é a palavra.

Alguém me disse um dia, em jeito de retórica: “Quando é para nós, tudo vale a pena, não é?”.
E essa foi uma das frases chave. Uma das frases do Meio. Não vou ficar à espera que a minha vida mude de acordo com padrões de outras pessoas. Quero mudá-la eu. E que se danem os problemas. Que se lixem os obstáculos. No fim vai valer a pena, não é?

Não baixem os braços, não se deitem, não esperem sentados. Levantem-se e façam com que tudo mude. À vossa maneira.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Até ao Verão, passo a passo.

Como um amigo que salta dos arbustos para nos pregar um valente susto, veio o calor. Lá assustar, não me assustou. Mas a verdade é que podia ter avisado, e eu preparava-me atempadamente para este crescendo de apatia e preguiça.

E é no meio de tanto calor que se cometem crimes. O pior deles é sair de casa, sair do fresco. Eu, como criminoso que se preze, cometi o meu. E como criminoso que se preze levei cúmplice. Crimes à parte, e fiascos também, ficámos com a conversa de almoço que tanto nos clareiam as ideias e a nossa ideia de nós próprios. Limpam as dúvidas e fazem fincar as nossas fracas certezas. Num dia como este, nada de mais produtivo se consegue fazer do que uma bela conversa.

Uma das coisas de que me lembrei é que este espaço precisava de um aroma a praia. Aquele da areia e água salgada. Um belo post de manga curta e calções de banho. O único problema era a distancia temporal da minha última visita, e a inerente amnésia das longínquas experiências sensoriais. E a verdade é que tinha saudades. Verdadeiras, sentidas e melancólicas saudades de todo aquele espectáculo. De andar na areia. De sentir o sol a queimar-me as costas. De sentir a corrente a puxar-me e empurrar-me. E tão simplesmente de olhar. Olhar a linha do horizonte. Olhar o céu limpo e a água de cor azul.

Há dias em que me esqueço do que gosto. Mas nunca me esqueço do quanto gosto.

Eu sou o Homem do Meio. Surf's Up! Até um dia.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Duas faces da mesma moeda

Está cientificamente provado (e se não está, devia estar!) que o Homem é o mais insaciável dos seres vivos. Embora a nossa situação esteja longe de ser a pior do mundo, estamos constantemente a queixar-nos! Apesar de sabermos que existem pessoas desempregadas, que existem pessoas sem dinheiro para comer, que existem pessoas doentes acamadas em hospitais sem condições, que existem pessoas a chorar a perda de outras pessoas...apesar disto tudo, continuamos a dizer que a nossa vida não presta, ou que “podia ser tão melhor se...”

Continuando um pouco a filosofia do que disse anteriormente, o truque é acabar com os futuros do pretérito do indicativo nas nossas vidas! Viver com o que temos e não desejar o que os outros têm! Viver momentos de alegria e sã vivência entre amigos e companheiros de viagem!

O que eu desejo é ver os meus “nearest and dearest” com um sorriso boémio no rosto sabendo que dei tudo de mim para contribuir para isso. Mas sei que nem sempre será possível, infelizmente...

Em busca de algum equilíbrio no meu espírito, tento agora deixar um pouco de parte o êxtase e o desvario de noites académicas para me focar nos dias académicos! Entre folhas, lápis e pixels visualmente nocivos, tento encontrar alguma coisa que me lembre constantemente do meu propósito aqui, para que este me guie e me ilumine um caminho de sucesso.

Das muitas vezes que ouvi a expressão “Epá não fazes nada na vida...”, hoje ouvi-a de uma maneira tão clara e objectiva que transformou um sorriso habituado e despreocupado numa seriedade dura e reflectiva. Senti os dentes rangerem, as sobrancelhas cerrarem e a testa franzir e num impulso violento e decidido, tomei iniciativa, criei motivação, escolhi o que quero...e quero que não acabe sem estar acabado! Vou lutar por aquilo que quero e que é suposto ser e ter! Fica aqui registado em tom de promessa.

Aos que estão comigo peço que continuem, aos que estão contra mim peço que se juntem aos que estão comigo. Facilitem o meu caminho como eu facilitarei o vosso!

Eu sou o Homem ao lado do Meio. Voltei ao ataque! Até um dia.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Crónicas do Meio

"...
Muda o teu mundo
que eu mudei o meu
..."
- Da Weasel - Mundos Mudos

No meio de saltos e encontrões.
No meio de cantorias e berros.
No meio de gargalhadas e verborreias.
Passei a noite com um sorriso nos lábios, trazido pelos ventos da mudança que se fazem sentir. Fiz a festa com uns quantos. Fizemos, em jeito de comemoração.

Cheguei a pensar, a duvidar se valia a pena ser verdadeiro comigo. Com os outros. Se valia a pena seguir este caminho, o que eu espero que seja o certo, o bom. Cheguei a pensar se não devia baixar os braços, desistir. E ainda bem que desisti disso.

Demorou, mas agora tenho a recompensa. São as surpreendentes palavras de apreço. As surpresas de um dia-a-dia. Se o dia de ontem serviu para algo, foi para marcar um novo começo. Um novo capítulo. E a todos os que lá estiveram agradeço. Porque são vocês que me mostram o caminho certo. Talvez um dia consiga retribuir.

Eu sou o Homem do Meio. E venham mais. Até um dia.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Qualquer Coisa Sobre Coisas...

As coisas más parecem vir todas de uma vez.
Parece-me bem.
Assim, as coisas boas, não tendo outra companhia, terão de vir todas juntas.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Inspira, Expira...

"Life is not about how many breaths you take...it's about how many moments take your breath away"
- Dito pela personagem interpretada por Will Smith, Hitch, no filme com o mesmo nome.

Aquilo que realmente nos magoa é quando o nosso caminho nos leva a lado nenhum senão para baixo. É quando nos sentimos cada vez pior quando, ao mesmo tempo, nos esforçamos cada vez mais. É o querer vencer quando as forças nos faltam.

O melhor? Há quem diga que é o estar no topo.
Ainda hoje o ouvi. E a única coisa que fiz foi sorrir.
Talvez tenha as noções erradas, mas, para mim, a simples percepção de topo é efémera. E como poderia não o ser quando esse estado não contempla espaço para a evolução, para a descoberta. Para mim? Para mim quero uma escada. Um caminho que possa seguir, sempre para cima, para melhor. Mas apenas aquele que não tenha fim. Haverá percalços? Sim. E o caminho não será feito apenas para cima. Mas prefiro mil vezes uma vida de altos e baixos do que saber que dela não posso esperar mais.

Vou esperar pelos momentos que me fazem suster a respiração, ao mesmo tempo que me fazem subir por este caminho. Mas melhor é fazer com que isso aconteça a outros. É para isso que se vive. Ser especial, ser diferente e único.

Eu sou o Homem Do Meio. Eu respiro tudo isto. Até um dia.

domingo, 17 de maio de 2009

Economia do meio e os mortais encarpados da reviravolta

Como foi dito anteriormente, talvez não pelas mesmas palavras, o Homem do Meio tenta viver a vida sem remorsos.
Problema?
A conjuntura emocional e a taxa de insucesso inerente a qualquer objectivo proposto.
A deflacção da paciência e o crescimento negativo da motivação.
O spread que toda a gente parece aplicar à minha pessoa.
Sim meus amigos, também o Homem Do Meio vive em crise.

Mas eis que os investidores se mostram novamente interessados, e a 'Bolsa do Meio' volta a fechar em alta. Talvez pelo terceiro dia consecutivo. E as previsões são para que assim continue.

Numa época em que o meu vigésimo primeiro aniversário se aproxima, parece-me que isto vai mudar. Os últimos dias têm sido surpreendentes. Uma surpresa. Um jantar fabuloso. E boa disposição a rodos. São as pequenas coisas que fazem uma vida medíocre como esta dar uma pirueta com duplo mortal para ficar virada numa direcção completamente nova.

A todos os que me têm dado um empurrão, um obrigado.
Ao senhor que agora me acompanha nisto das escrituras, um muito obrigado.
Fechar os olhos, respirar fundo, agarrar na trouxa e fazer-me ao caminho, que o Homem do Meio têm muito para andar.

Eu sou o Homem do Meio. Podem encontrar-me no sítio do costume, com o sorriso do costume. Até um dia.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Por um mundo melhor!

“'cause if you're not really here/then the stars don't even matter (…) 'cause if you're not really here/then I don't want to be either/I wanna be next to you” – Sam Sparro – Black and Gold

Se há pessoas que nascem a fazer perguntas…eu, definitivamente, sou uma delas! E a das que mais me tem consumido muitas horas de pensamento é: “Porque é que as pessoas se fecham dentro das suas próprias “carapaças” e não se deixam absorver pelo mundo, pelos sentimentos?”
Será com medo? De quê? Será que pensam que se podem magoar de forma irreversível?

Pois eu acho que não! E sou da opinião que, muito provavelmente, o mundo está como está porque as pessoas ao longo do tempo cada vez se privam mais de coisas como amor ou felicidade! Mas ainda me intriga mais o facto de parecerem conseguir escolher quais os sentimentos que deixam passar pelas tais “carapaças”...mas são o rancor, o mau feitio, o pessimismo! Há coisas que não consigo compreender e só posso perguntar porquê, bem ao estilo da maioria das crianças nos seus 4 anos de idade!

Talvez se as pessoas se deixassem apaixonar mais...talvez se enchessem mais vezes o peito de ar e ganhassem coragem para dizer aquilo que sentem às pessoas que o merecem sem medo de ouvirem uma negação...talvez se reagissem às dificuldades com um sorriso e um “podia ser pior!”...talvez as coisas fossem diferentes! Quem sabe se alguma vez haveriam crises ou guerras construídas sobre mentiras!

Tenho a certeza que poderíamos ter um mundo melhor, porque eu encontrei-o! Encontrei um mundo proporcionado por um qualquer devaneio do destino que me fez tomar a decisão certa no momento certo e que agora me faz olhar para trás e sorrir! Sorrir a olhar para trás, sorrir a olhar para o que vivo todos os dias e sorrir a olhar para o futuro que sei que posso construir nesse mundo! No momento certo, decidi abrir a minha “carapaça” e deixar entrar aquela brisa revitalizante! Não foi tudo cor-de-rosa, tive de lutar por aquilo que queria...mas se valeu a pena, é com certeza uma pergunta que nunca farei, pois tenho a resposta todos os dias!

Agora, deixem-se de mariquices e façam-se à vida! E lembrem-se que o não está sempre garantido!

Eu sou o Homem ao lado do Meio. Estou apaixonado! Até um dia.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Meteorologia e outros palavrões...

Depois de me levantar e olhar pela janela, emiti um som parecido com "...asssss", com mais uma ou duas letras no início, coisa pouca, que pela manhã o meu vocabulário está reduzido. Depois de uns quantos dias M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O-S, de tão quentinhos e ensolarados, algum dos caramelos lá de cima se lembrou "ora vamos lá molhar um bocadinho as coisas".

Estou aborrecido, bastante até, porque embora saiba nadar, não gosto que a água que me molha venha por cima, excepto no chuveiro. E muito menos gosto de andar de chapéu de chuva, mas as circunstâncias assim o exigiam. Sim, porque se eu quiser ficar com a roupinha molhada, faço-o em casa, no chuveiro, e sempre me poupo a alguma humilhação em praça pública.

De qualquer maneira, dou o braço a torcer quanto à utilidade deste dilúvio. Havia ânimos em Setúbal a precisar de refrigeração. Os nossos amigos suínos estavam a precisar de uma higiene mais cuidada (sim, porque se os ensinassem a lavar as mãos não havia essa coisa da gripe suína). E, claro, enquanto se fala dos passeios que os nossos caros políticos cancelaram devido à pluviosidade, esquece-se o crescente abuso ao nível do preço dos combustíveis.

É tudo muito giro, mas quem se lixa sou eu! Malditos!
Um dia ainda compro um microclima só para mim!

Eu sou o Homem do Meio. Tenho os pés gelados. Até um dia.

domingo, 10 de maio de 2009

Coisas da vida...

"Hoje é uma dádiva...é por isso que se chama Presente!"
Boss AC – Estou vivo

...e não é preciso pensarmos muito para chegarmos a esta conclusão!
Aconteça o que acontecer teremos sempre de dar graças por mais um dia que nos dão
hipótese de viver, e tentar tirar o máximo partido dele. Tirar conclusões das experiências...mesmo das más! Pois tudo o que fazemos ou que acontece serve para nos ensinar alguma coisa. Nem que seja para sabermos que é mau e assim não o repetiremos!

Não sou "ninguém" para dizer ou ensinar como se deve ou não fazer as coisas...mas da minha tenra experiência de vida consigo apenas tirar uma conclusão significativa: Não importa o que os outros fazem! São as nossas acções que nos afectam! Por isso, o melhor remédio é viver a vida de forma a tirar o que de melhor ela tem.

Por essa mesma razão decidi juntar-me a este grande senhor! E com ele tentar desvendar as melhores estratégias para que não só os que nos acompanham saibam viver, mas também nós próprios!

E seguindo um pouco a “killer sign off phrase” já característica deste espaço:
Eu sou o Homem ao lado do Meio. Eu vivo! Até um dia.

Nenhum homem caminha sozinho...nem mesmo o do meio.

sábado, 9 de maio de 2009

Tocar mais fundo...

Sempre fui muito de emoções fortes. Procuro por isso nas coisas pequenas, nos pormenores, nos gestos mais simples. A verdade, pura e dura, é que sou viciado naquele apertozinho no estômago que alguns filmes nos dão no final, ou naquele sorriso que aparece depois de termos fechado os olhos, rendidos a uma única música.
Hoje, e completamente por acaso, encontrei uma dessas músicas. Como seria de esperar, não ia deixar de partilhar.

Senhoras e senhores,
John Legend e Stevie Wonder - Ordinary People


Eu sou o Homem do Meio. Eu tenho um sorriso. Até um dia.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Conclusões

"...you've been the song playing on the background..."
- The Fray - Say When

Não tenho muito jeito para isto. Para estes joguinhos. Para coisas que não percebo. Para este 'vai que não vai', ou este 'quase que era'. Gostava de poder dizer directamente e em pessoa aquilo que penso, que sinto, e sofrer as consequências, sem demora, sem último pedido de um condenado, sem uma última vontade de um moribundo.

De todas as líricas sofridas que preenchem os meus dias, tira-se uma conclusão comum. Se fosse fácil, não teria significado. Se fosse directo, não haveria magia. Se fosse simples, não haveria esforço. E os melhores momentos perder-se-iam. Começo a achar, que se realmente tem de ser assim, no final vai valer a pena.

O sol já voltou, e com força. Chega de esperar por quem não lhe dá o devido valor.

Eu sou o Homem do Meio. Quero é praia. Até um dia.

sábado, 2 de maio de 2009

Lugares

Imaginem:

Fecharem os olhos e não conseguirem ouvir nada sem ser água a correr por entre as pedras e as folhas das árvores a sussurrarem.

Deixarem os braços cair ao longo do corpo e sentirem nada mais que uma gentil brisa.

Permitirem que mesmo no pior dos vossos dias apareça um sorriso, como que a dizer que tudo vai melhorar.

E ao abrirem os olhos vão ver quão maravilhosa a natureza pode ser. Vão sentir o quão pequenos somos quando comparados com a grandeza de tal paisagem. O pôr-do-sol ilumina a rocha nua ao fim da tarde, ao mesmo tempo que se reflecte na água.

É tudo tão natural, tão intocável. É lá quem o Homem do Meio se deixa absorver, comover, maravilhar.
É lá que os nossos pensamentos são tão claros como a água. As nossas conclusões tão velozes como o vento. As nossas certezas tão certas como cada folha presa a cada árvore.

Aquela pode não ser a minha casa. Mas de certeza que o meu Homem do Meio nasceu lá. Em cada gota de água. Em cada pedra. Em cada flor. Em cada grão de areia do rio. Tudo nos impele a sermos mais e melhor. E é por isso que eu gosto de lá voltar. É por isso que me sinto em casa quando lá estou. Parte de mim está mesmo.

Muito de bom já lá se passou. Algumas coisas más. Muitas decisões foram tomadas. Não sei o que o futuro me reserva. Mas sei que passa por lá.

Eu sou o Homem do Meio. Eu tenho o meu retiro. Até um dia.