terça-feira, 29 de setembro de 2009

808 KARMAA

(Eu) Está a chamar...

(Karma) (TUUUU...TUUUU...)

(Karma) Bom dia...

(Eu) Bom dia, olhe eu...

(Karma) (gravação)..., lamentamos, mas de momento não podemos atender a sua chamada. Agradecemos desde já a sua preferência, mas devido à natureza do nosso serviço, fomos obrigados a despedir todo o departamento de assistência técnica para nos ser impossível aceitar a sua reclamação. Aconselhamos a pressionar de seguida o botão vermelho do seu telemóvel.

(Eu) (Desligo a chamada) ...acabei de ser violado por um atendedor de chamadas...
(Mensagem no telemóvel) Saldo: 0.00€
(Eu) Epá, então mas ainda agora carreguei esta m****...


Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A mediocridade que perdeu o seu caminho

"I'm going away for a while
But I'll be back, don't try to follow me
because I'll return as soon as possible"
- Paramore - Misguided Ghosts

Nunca sentimos a falta de nada nem ninguém até que o perdemos. E eu sentia-me tão bem com a minha mediocridade. A minha querida mediocridade. Contentar-me com o suficiente e andar não mais depressa que o essencial. E este cansaço tirou-me tudo.

Digo que estou cansado com uma respiração não mais profunda que o normal. Estou cansado como um idoso o diria. Um desgaste nunca físico, mas absolutamente mental. Fatigado de ser altruísta para quem desilude. Ofegante de apresentar sinceridade aos mentirosos. Tudo parece contribuir para fragilizar esta paciência.

E dou por mim a querer mais. Melhor. Dou por mim a querer coisas que, embora de desejo legítimo, apenas me enchem os sonhos de utopias. Sonho acordado com um futuro mais colorido do que deveria. E tudo se tornou mais doloroso, agradecimentos aos choques constantes com a realidade.

Não é por escolha própria. Mas porque a minha mediocridade me abandonou. Já faz algum tempo. A minha querida mediocridade.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Clarity 101

Encontrem um lugar alto.
Subam,
Sentem-se,
Olhem.
Olhem à volta.
Vão conseguir ver pedaços da vossa vida reflectida nos contornos da paisagem, juntamente com o futuro preso ao horizonte.
Respirem fundo.

Está na hora de descerem e deixarem de olhar o vosso passado como se fosse de outrem, não?

Sugestão: Esperem pelo pôr-do-sol, assim fazem o caminho para baixo com um sorriso nos lábios.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tanta treta...

...para decidir em que quadradinho desenhar a porcaria da cruz.

O Homem do Meio não tem preferência política. Nada de lados. Alias, quando eles estão a decidir quem é da esquerda, quem é da direita, quem está ao centro mais inclinado para baixo ou quem nem sequer lá está, eu estou, impaciente, à espera para tirar a fotografia.

E temos os congressos, os passeios, as visitas, os espectáculos, os banquetes, os panfletos, os cartazes, seguidos de uma hora de telejornal completamente minada de TRETA!!! E é dinheiro deitado à rua, porque quando as coisas realmente importantes deviam ser ditas (que seria quando as câmaras filmam) eles estão a discutir que V não percebe nada disto, X é mau para o país, Y quando esteve no governo só fez asneira, Z chumbou no infantário porque não sabia brincar, e que a mãe de S é tão gorda que sentada na cara do Alberto J. Jardim provocava asfixia democrática!

Ah!
E alguém que diga à Manuela Ferreira Leite para ganhar juízo, que com aquela cara não ganha nem uma ida ao Extreme Makeover.

Eu sou o Homem do Meio. Estes portugas estão loucos! Até um dia.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Lições

Anotem.

Não interessa se têm uma mente forte o suficiente para afastar ou esquecer os vossos fantasmas.
O corpo lembra-se de tudo.
E mais cedo ou mais tarde manifesta-se.

Anotem.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Signs

Uma curta metragem sobre comunicação.
Uma grande lição sobre relações.



Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Foreign Considerations

You have three possibilities:

1. Change;
2. Try and change the world;
3. Wait on the world to change;

Remember: The world accepts small contributions!

I'm the Man In The Middle. See you later.

domingo, 6 de setembro de 2009

Pause 48

Uma curta-metragem que me puxou a atenção.
Sem palavras...



Eu sou ...bem, vocês sabem.

sábado, 5 de setembro de 2009

Sombras

Não interessa quem sejas. Onde vives ou o que fazes. Tu sabes, e melhor que ninguém, que tens algo para dizer. Algo que nunca dirás aos teus mais íntimos. Algo que te consome, aquele silêncio que te corrói. E nunca o poderás dizer. Porque quando o fizeres, perderá todo o significado.

Todo esse silêncio, esse segredo, esse grito mudo que se entala na tua garganta, a sombra que te persegue, é nada mais que tudo aquilo que te define.

Por isso criamos, colocando a nossa vida numa metáfora constante. Seja um texto, seja um livro, uma melodia ou um poema. Criamos para dar voz, volume e alcance a tudo isto que precisa de ser dito, mas mais, de ser ouvido.

E porque devemos dar valor ao talento, dou hoje destaque a uma dessas vozes, a voz de Rafael Loureiro, ou, como se retratou na obra criada, Daimon DelMoona, o seu alter ego.

E, tal como o seu personagem, também o autor se batalhou, mas neste caso pela divulgação da triologia de romances fantásticos Nocturnus, que, após divulgação pela internet e pelo lançamento de uma limitada edição de autor, será a partir de agora distribuída numa livraria perto de vós pela Editorial Presença, a partir de dia 15 de Setembro, começando pelo "Memórias de um vampiro".

Sigam de perto as aventuras de um guerreiro vampírico, num livro cheio de acção e romance.

Podem seguir ainda mais de perto toda a obra e adjacentes pelo link apresentado no vosso lado direito.

Eu sou o Homem do Meio. Soltem a vossa sombra. Até um dia.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sunset, sunrise

"And now the night will throw its cover down on me again, and if I'm right, it's the only way to bring me back "
- Norah Jones - Sunrise

É feitio, esta sensibilidade e susceptibilidade às pequenas grandes coisas que nos são oferecidas. Cheguei a um ponto onde dou por mim a ir à procura de significados em coisas como um pôr ou nascer-do-sol. Talvez seja uma fase, ou talvez seja a minha própria vontade desenfreada de encontrar respostas, de me perceber. Talvez seja tempo. Talvez seja um ponto de viragem.

Quem sabe se não cheguei ao meu próprio nascer-do-sol.

Talvez seja tempo. Todas as inseguranças e dúvidas começam a dissipar-se, devagar, as verdades começam a mostrar-se, tímidas, e as conclusões começam a chegar, com este discernimento quase calculista, frio e egoísta.
Talvez seja tempo. De partir com a vontade de agradar a toda a gente menos a mim próprio. E a escolha, este "roda e bota fora" de merecedores do meu eu verdadeiro é simples. Simples como sozinhas e sem qualquer influência as pessoas acabam por se afastar. E prometo que não passo mais que umas horas de luto. Nunca mais.

E talvez seja tempo de mudar. Mudar a minha forma de ver as coisas, de encarar os meus dias. Mudar esta solidão que me conforta, e talvez no dia em que o pôr-do-sol voltar, não tenha de o enfrentar sozinho.

E por tudo isto, um blog de cara lavada.

Eu sou o Homem do Meio. Talvez seja tempo... Até um dia.