É aquele fraco que temos pela miúda gira da escola. São as horas a passar quando nos divertimos. É aquela reportagem que estávamos a ver na TV quando deixámos queimar as torradas. Isto tudo para dizer que ao mesmo tempo que ignoramos o nosso presente, temos uma relação íntima com o nosso futuro. Porque se pensarmos bem, o presente é uma visita ao médico. Ora agora estamos lá, ora agora já não estamos. É aquela familiar com quem falamos 5 minutos por ano. Passamos tão pouco tempo com ele, para quê a preocupação?
Mas o futuro, esse merece importância. Porque é por ele que esperamos toda a vida. Sonhamos com ele. Ansiamos por ele. Receamo-lo. Mas essencialmente aquilo que mais fazemos é o seu planeamento. Qual arquitecto, desenhamos o cenário perfeito do futuro perfeito, após (obviamente), um percurso perfeito, sem obstáculos. Onde fomos os nossos próprios super heróis, capazes de tudo, com objectivos a cumprir, cegos de sucesso.
E seria aqui o fim deste post, o presente daria lugar ao passado, vocês ficavam de sobrancelha erguida a pensar naquilo que me poderia estar a passar pela cabeça quando escrevi isto, não houvesse uma coisa gira à qual todos nós chamamos: “vida”!
Sim, porque a “vida” acontece. E porque a “vida” acontece, por vezes acontece merda. Mas mesmo que não aconteça, o nosso plano de futuro esquece um sem número de variáveis que nos lixa. E no fim, na maioria das vezes, fazemos planos para não os usarmos. Fazemos planos para chegarmos à altura de os pôr em prática e dizer “que se foda o plano, vou à Rambo”. E sinceramente, parece-me ser esta a abordagem que dá cor ao presente. Ainda que o ignoremos. Só é pena pelos Vietnamitas que me estão a sujar o tapete da sala…
E eu tinha planeado escrever sobre outra coisa, tinha...
o Homem do Meio.