"Everyone has an Angel. A Guardian who watches over us. We can't know what form they'll take. One day, old man. Next day, little girl. But don't let appearances fool you, they can be as fierce as any dragon. Yet they're not here to fight our battles, but to whisper from our heart. Reminding that it's us. Its everyone of us who holds power over the world we create.
You can deny angels exist, Convince ourselves they can't be real. But they show up anyway, at strange places and at strange times. They can speak through any character we can imagine. They'll shout through demons if they have to. Daring us, challenging us to fight.
And finally this question, the mystery of who's story it will be. Of who draws the curtain. Who is it that chooses our steps in the dance? Who drives us mad? Lashes us with whips and crowns us with victory when we survive the impossible? Who is it, that does all of these things? Who honors those we love for the very life we live? Who sends monsters to kill us, and at the same time sings that we will never die? Who teaches us what's real and how to laugh at lies? Who decides why we live and what we'll die to defend? Who chains us? And Who holds the key that can set us free...
It's You. You have all the weapons you need."
from the motion picture Sucker Punch
o Homem do Meio.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
domingo, 9 de dezembro de 2012
The Key - parte 2
Sente as 11 passarem a 12 enquanto espera. A sua pulsação frenética funde-se com o mover dos ponteiros do relógio de pulso. Na antiga catedral só encontra um banco antigo, tudo o resto foi levado. Os vidrais partidos ilustram o abandono que habita por aquelas paragens.
O mínimo barulho ou ranger de madeira podre traduz-se numa injecção de adrenalina. À sua cintura sente o frio do metal do seu revólver, pronto a ser chamado a agir. Está à espera de algo, a sua agitação sabe-o.
Ao longe ouvem-se disparos. Num estrondo abrem-se as portadas por alguém ter violentamente chocado contra elas. É ela por quem esperava. Mantém-se inerte no centro do salão enquanto tenta perceber o que se passava lá fora, coisa que a luminosidade que de lá vem impossibilita. A rapariga levanta-se, ferida, de arma em punho e coldre na coxa. Atira-lhe um objecto negro com urgência enquanto grita, de lágrimas no rosto: "Corre!". A adrenalina mistura-se com uma mágoa imensa. Instintivamente, vira-se e corre para a porta das traseiras. Ouve-se um disparo. A sua bota força com que a porta se abra.
Acorda. No peito sente um aperto asfixiante. Na mão mantém o objecto negro: a chave.
o Homem do Meio.
O mínimo barulho ou ranger de madeira podre traduz-se numa injecção de adrenalina. À sua cintura sente o frio do metal do seu revólver, pronto a ser chamado a agir. Está à espera de algo, a sua agitação sabe-o.
Ao longe ouvem-se disparos. Num estrondo abrem-se as portadas por alguém ter violentamente chocado contra elas. É ela por quem esperava. Mantém-se inerte no centro do salão enquanto tenta perceber o que se passava lá fora, coisa que a luminosidade que de lá vem impossibilita. A rapariga levanta-se, ferida, de arma em punho e coldre na coxa. Atira-lhe um objecto negro com urgência enquanto grita, de lágrimas no rosto: "Corre!". A adrenalina mistura-se com uma mágoa imensa. Instintivamente, vira-se e corre para a porta das traseiras. Ouve-se um disparo. A sua bota força com que a porta se abra.
Acorda. No peito sente um aperto asfixiante. Na mão mantém o objecto negro: a chave.
o Homem do Meio.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Half of the meaning
Não somos os nossos problemas, mas antes a resolução que escolhemos para eles. Não somos o dinheiro que temos, mas antes a riqueza que procuramos para nós. Eu não sou aquele que vês numa foto antiga, já depois de a tirar não o era. Não sou uma resposta, mas é bom que deixe em ti um conjunto de perguntas amotinadas. Não sou uma conclusão, pelo menos não para já.
Tal como aquilo que parecemos ser é apenas um toque naquilo que somos de verdade, encontramos também numa língua diferente da nossa a dificuldade inerente em expressarmos o significado que a nossa mente construiu. Aquilo que queríamos dizer já se perdeu quando abrimos a boca e parece sempre ficar aquém.
Engraçado, mas também eu sou uma metáfora para tudo isto. Também eu quis dizer o que sentia, e a única coisa que consegui foi ficar...a meio.
Tal como a minha escrita nunca conseguiu chegar aos calcanhares daquilo que a revolução química das minhas emoções alguma vez desenhou,
o Homem do Meio.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Só de mim
A forma fácil de entregar uma mensagem.
E ver as pessoas que pararam para escutar.
Inspire yourself,
o Homem do Meio.
E ver as pessoas que pararam para escutar.
Inspire yourself,
o Homem do Meio.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
No goodbyes
Não nos despedimos.
Não marcámos o final como sendo derradeiro, porque o que é verdadeiramente bom nunca acaba, talvez que se prolongue no tempo, estilhaçado em memórias. Não comemorámos o novo início porque nenhum de nós o viu com olhos de quem anseia.
Para com todos os outros houve um "até já". Mas não para nós.
Deixamos os espaços em branco serem preenchidos pelo implícito do momento e de tudo aquilo que a confiança nos mostrou como verdadeiro.
Não nos despedimos.
Dissemos o nosso "até amanhã", seja ele qual for.
Seja ele qual for,
o Homem do Meio.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Wayfarin'
"I'm just a poor wayfarin' stranger,
While travelin' through this world alone.
Yet there's no sickness, no toil, nor danger,
In that bright land to which I go."
- Jamie Woon - Wayfaring Stranger
While travelin' through this world alone.
Yet there's no sickness, no toil, nor danger,
In that bright land to which I go."
- Jamie Woon - Wayfaring Stranger
Sentei-me numa poltrona a apreciar o meu café, como tantas vezes fiz. Escolhi o lugar perto da janela para poder observar a intempérie que se formou lá fora. Mas, na verdade, quero afirmar aquilo que me trouxe até 2000 km de casa.
Sou um homem simples, com uma história para contar, que de extraordinária tem pouco. Como toda a gente terá a sua. Tive a sorte de agarrar as oportunidades certas e o mérito de as manter a meu favor. Pelo caminho descobri aquilo que realmente quero fazer e em quem me quero tornar. Acompanho o meu café com um sentimento de satisfação por ter chegado até aqui.
Portanto, sentei-me à janela para que esta metáfora me embale e que sussurre ao ouvido que finalmente já não sou aquele que se mantém de fora a olhar para aquilo que quer para si. Entrei, pedi um café e sentei-me.
Depois de uma longa viagem, estou finalmente onde quero,
o Homem do Meio.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Yesterday
"Because, because, our paths, they crossed."
A vida é frágil.
Foge-nos por entre os dedos, e enquanto o faz, atropelam-se as preces para saber qual chega primeiro a quem de direito ouvi-las, enquanto se faz o muito que poderá servir de pouco.
A incredulidade ensurdece, e é só no sossego onde finalmente ganha forma para nos tocar no ombro e acenar afirmativamente.
Porque quiseram os nossos caminhos cruzar-se,
o Homem do Meio.
A vida é frágil.
Foge-nos por entre os dedos, e enquanto o faz, atropelam-se as preces para saber qual chega primeiro a quem de direito ouvi-las, enquanto se faz o muito que poderá servir de pouco.
A incredulidade ensurdece, e é só no sossego onde finalmente ganha forma para nos tocar no ombro e acenar afirmativamente.
Porque quiseram os nossos caminhos cruzar-se,
o Homem do Meio.
domingo, 18 de março de 2012
Avenue
A avenida rodeia-se de grandes edifícios, linhas retas, nomes imponentes. A azáfama que a preenche nas primeiras horas do dia fá-lo também quando ele acaba. O sol desce e o caminho para casa é agora feito com uma calma ilustrativa de um sentimento de dever cumprido, ou talvez cansaço, ou até, quem sabe, uma vontade de demorar por aquelas moradas. A avenida tem disto. De tudo e de nada, para que se lembre quem por ali passa o que é ter e o que é não ter. A avenida mostra um lado talvez irreal de uma cidade que já viveu melhores dias, mas pela qual trabalha para que isso melhore. Mostra o resultado de grandes ideias e por isso incentiva quem por lá passa a tê-las para que o seu nome faça parte de algo maior.
Das primeiras vezes que vi a avenida, foi isto que me veio à cabeça. Mais que um aglomerado de betão e vidro, era um significado. Lembro-me de partilhar conversas enquanto passava por ela, lembro-me de falar sobre o quanto gostava de estar ligado àquele ambiente, lembro-me de sentir um reboliço por dentro que me fez agarrar áquilo que pude para estar cada vez mais perto…
O que me ocupa a mente tem a vontade de empurrar para o lado estes antigos objetivos escritos a sonho. Mas naquele final de tarde, juntamente com a melancolia, a avenida fez-me lembrar as conversas que se tiveram e o gosto por aquele ambiente de inovação e empreendedorismo. Lembrou-me o quanto aprendi. O quando de mim inventei. O quanto de mim descobri.
Hoje em dia caminho diariamente pela avenida.
E a vontade de ficar não mudou,
o Homem do Meio.
segunda-feira, 5 de março de 2012
The Key - Parte 1
Levantou-se devagar depois de dar por si sentado no chão, junto a um dos pilares do parque de estacionamento. Sentia a cabeça a latejar, tonturas e um enjoo sintomático de um possível traumatismo. A boca sabia a sangue, as suas mãos e roupas estavam cobertas dele. Não se lembrava do que o poderia ter levado ali, ou do que o poderia ter deixado naquele estado. Já de pé, as dores de cabeça aumentavam e a sensação de vertigem também. Decidiu caminhar em direcção à luz que emoldurava uma das portas à sua frente. Talvez uma saída, perfeita para ele, que só pensava em poder respirar ar puro. Enquanto caminhava - devagar e aos ésses - percorria com as mãos a sua roupa à procura de algo. Além da carteira completamente vazia, do telemóvel partido (que tinha retirado do chão) e da camisa branca tingida de sangue, sobrava um pequeno objecto preto, brilhante, com algumas saliências e uns quantos botões que se conseguiam distinguir com o toque. Parou de andar. A visão turva não o deixava perceber sequer os seus contornos, e não tinha qualquer recordação de trazer consigo algo parecido.
Aquilo que mais lhe chamava a atenção era um botão em forma de losango, prateado, alinhado ao centro. Sem sequer pensar, resolveu carregar. Que nem uma navalha de ponta e mola, saltou de dentro do tal objecto misterioso uma chave, o que o levou a pensar que seria a chave de um carro. E enquanto se interrogava sobre a origem daquela chave, ao longe, no escuro, ligavam-se dois faróis. Uma ignição, e ligava-se um motor de trabalhar rouco. Com um arranque violento, este carro avançava como um relâmpago em direcção a ele, demasiado fraco para correr para refúgio.
Acordou, lavado em suor, sentado involuntariamente na cama e com a cabeça ainda a latejar. Olha em volta para descobrir que está no seu quarto, onde se deitou faz algumas horas. A sua respiração ofegante acalma.
Na sua mesa de cabeceira descansa a chave que encontrou no sonho. E tal como então, a sua origem continua uma surpresa.
To be continued,
o Homem do Meio.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Partilhável
"(...)
E não importa se estivermos no mesmo lugar apenas por um instante há cinco anos, não importa se nunca estivemos no mesmo lugar, aquilo que realmente importa é o segredo luminoso que partilhamos. Não é feito de palavras, mas é transportado por elas. Esse é o nosso lugar, temos almas a vaguear nesse universo de sentido. Vocês mostram-me todos os dias que a generosidade pode salvar. Vocês têm muitos rostos, muitas histórias. Eu ouço-vos e encho-me de esperança humana, de amor humano, e transbordo. Mesmo quando estou em silêncio, agradeço-vos por me acrescentarem um sentido tão profundo. Estar-vos grato é estar grato ao mundo inteiro, ao fácil e ao difícil, ao doce e ao amargo. Sem um, não existiria o outro. Mesmo. Sem um, não existiria o outro, repito para que não restem dúvidas. Chegou a hora de, todos juntos, agradecermos pelas contrariedades. São elas, por mais feias, que nos permitem alcançar aquilo que está para lá delas. Ao mesmo tempo, são essas contrariedades, esses silêncios, que nos permitem prestar atenção ao que realmente nos interessa e que, como uma fogueira, nos ilumina o rosto.
Porque nos encontrámos, somos uma espécie de irmãos. Fomos capazes de existir sobrepostos e, por mais ou menos tempo, partilhámos a experiência partilhável. Se amanhã tudo se desfizer, saberemos que nos tocámos e espero que, perante o fim, sejamos capazes de nos sentir gratos pelo que tivemos e que é bastante mais do que a maioria das pessoas alguma vez chega a ter."
- José Luís Peixoto, in Visão, 9 de Fevereiro de 2012
Ainda por cá,
o Homem do Meio.
E não importa se estivermos no mesmo lugar apenas por um instante há cinco anos, não importa se nunca estivemos no mesmo lugar, aquilo que realmente importa é o segredo luminoso que partilhamos. Não é feito de palavras, mas é transportado por elas. Esse é o nosso lugar, temos almas a vaguear nesse universo de sentido. Vocês mostram-me todos os dias que a generosidade pode salvar. Vocês têm muitos rostos, muitas histórias. Eu ouço-vos e encho-me de esperança humana, de amor humano, e transbordo. Mesmo quando estou em silêncio, agradeço-vos por me acrescentarem um sentido tão profundo. Estar-vos grato é estar grato ao mundo inteiro, ao fácil e ao difícil, ao doce e ao amargo. Sem um, não existiria o outro. Mesmo. Sem um, não existiria o outro, repito para que não restem dúvidas. Chegou a hora de, todos juntos, agradecermos pelas contrariedades. São elas, por mais feias, que nos permitem alcançar aquilo que está para lá delas. Ao mesmo tempo, são essas contrariedades, esses silêncios, que nos permitem prestar atenção ao que realmente nos interessa e que, como uma fogueira, nos ilumina o rosto.
Porque nos encontrámos, somos uma espécie de irmãos. Fomos capazes de existir sobrepostos e, por mais ou menos tempo, partilhámos a experiência partilhável. Se amanhã tudo se desfizer, saberemos que nos tocámos e espero que, perante o fim, sejamos capazes de nos sentir gratos pelo que tivemos e que é bastante mais do que a maioria das pessoas alguma vez chega a ter."
- José Luís Peixoto, in Visão, 9 de Fevereiro de 2012
Ainda por cá,
o Homem do Meio.
sábado, 21 de janeiro de 2012
sábado, 7 de janeiro de 2012
The War
"Lose, if you have to."
Há sempre destas músicas para nos ajudar nas nossas retrospecções. E calha bem ser esta, porque se bem me lembro, passei 2011 a lutar, raio de ano. Passámos, não será? Pelo meio ganharam-se algumas lutas, perderam-se outras. Fizeram-se inimigos, que se taparam com os amigos que ganhámos entretanto. Houve noites mal dormidas e esforço inglório na aparência que foram correctamente compensados com brindes, leviandades e primeiras vezes.
Lutamos imenso, e quer a injustiça da vida que levamos que se perca mais que se ganhe. Mas continuamos a fazê-lo, a abrir o peito às balas e a gritar "quero mais" por conhecermos tão bem a sensação de vencer.
Como um amigo diz: "Espero que traves sempre o bom combate". E assim o faremos, sem dúvida.
Let us drink to that!,
o Homem do Meio.
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