domingo, 29 de novembro de 2009

A Ambiguidade chama...

...e o Homem do Meio responde à chamada da Ambiguidade Insegura!
O que me pede ela?
10 perguntas, que pedem respostas com nomes de músicas de um artista à nossa escolha.
O artista de eleição é John Mayer. Sem dúvidas por aqui.

1. És homem ou mulher? Man on the side
2. Descreve-te: In Repair
3. O que as pessoas acham de ti? This Will All Make Perfect Sense Someday
4. Como descreves o teu último relacionamento? Half Of My Heart
5. Descreve o estado actual da tua relação: I Don't Trust Myself With Loving You
6. Onde querias estar agora? Covered In Rain
7. O que pensas a respeito do amor? War Of My Life
8. Como é a tua vida? Something's Missing
9. O que pedirias se pudesses ter um só desejo? Clarity
10. Escreve uma frase sábia: Friends, Lovers or Nothing

Eu sou o Homem do Meio. Waiting on the world to change.

sábado, 21 de novembro de 2009

Instintos

Tal como a girafa que tenta desesperadamente pôr-se de pé ao nascer. Ou a tartaruga que se encaminha para a água ao sair do ovo. Todos nós temos as nossas ideias inatas, os nossos instintos, um padrão de comportamento pré-definido.

E como prova tenho...

Nós (homens) em lojas de roupa feminina!

E não é muito difícil de notar os movimentos quase coreografados que sem querer se executam. De notar:

1. Os mais preocupados com as aparências que ficam de plantão à porta, com os restantes saquinhos na mão.
2. Os mais "colas", com os sacos na mão, que perseguem as meninas que acompanham como se uma trela tivessem.
3. Os atentos, que se apercebem do facto, e tentam contrariar a onda, e tentam ficar à frente das meninas (casos raros).

E acreditem, isto é muito fácil de reparar. Fiquem um minuto à porta de uma loja dessas, de preferência ao fim-de-semana, e verão como os movimentos são como que ensaiados.

Eu, confesso, tentei enquadrar-me na 3ª parte. Esforcei-me e a review foi boa. Quem viu, diz que fui uma boa companhia.

Se és rapariga, precisas de companhia para ir às compras e estás farta do mesmo tédio de sempre, deixa uma mensagem.
Apresento referências se necessário.

Eu sou o Homem do Meio. Qualquer parecença com uma estratégia de marketing é pura coincidência. Até um dia.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Então Dalila? (Adaptado)

Então Dalila, como vão as coisas por Nova Iorque?
Estou uns belos quilómetros longe de ti, mas como te quero saltar para cima,
Consigo ver que esta noite estás muito bonita.
Ah pois estás!
Times Square não consegue brilhar tanto como tu
Juro que é verdade, porque se conseguisse esta canção já não tinha o teu nome.

Ei, Dalila,
Não te preocupes com as distâncias
Eu estarei aqui se te sentires sozinha.
Mas se estiver com a loira do 12º C
Ouve outra vez esta canção,
Fecha os olhos
Ouve a minha voz, é o meu disfarce,
Pelo menos por hoje, que amanha volto ao trabalho como mascote do KFC
Estou ao teu lado (ou com a ruiva do 3º A)

Oh, é aquilo que tu me fazes,
Oh, é aquilo que tu me fazes,
O que é que me fazes?

Ei, Dalila,
Eu sei que os tempos estão a ficar difíceis
Mas acredita em mim mulhere,
Um dia ainda vou pagar as contas com esta guitarra
Ou quando a morena do 10º D começar a pagar
Vamos viver a vida que sabíamos que iamos viver
A minha palavra é boa (pelo menos quando não me vem a dislexia)

Ei, Dalila,
Ainda tenho muito para te dizer
Principalmente sobre a DST que apanhei
Se todas as canções simples que eu pudesse escrever
Te tirassem o fôlego
Eu escrevia-as todas
Só é pena ter perdido o braço naquele acidente
Senão até te apaixonavas ainda mais por mim,
E eu ainda te pegava o resto das doenças que tenho

Mil milhas parece bastante longe
Até porque não fiz a conversão para quilómetros
Mas eles agora têm aviões e comboios e carros
Caminhava até ti se não estivesse com termo de identidade e residência
Os nossos amigos iam fazer pouco de nós
Principalmente pela minha corcunda e a tua maneira esquisita de falar
E nós riamos também porque sabemos
Que nunca nenhum deles se sentiu assim
Até porque a cena dos ácidos queimou-nos o neurónio.
Dalila eu prometo
Que quando acabarmos
O mundo nunca mais será o mesmo
E a culpa é toda tua
Porque agora vais pegar essa enciclopédia de Hepatites a mais pessoas

Ei Dalila,
Sê boazinha e não sintas a minha falta
Mais dois anos e vais acabar a escola
Ou pelo menos o curso que estás a tirar na prisão
E eu vou fazer história como faço agora
Basta-me conseguir vender droga como o MC Chumbinho da porta ao lado
E vais saber que é tudo por tua causa
Não me tivesses deixado com aquelas dívidas todas
Podemos fazer o que quisermos
Pelo menos até sermos apanhados
Ei, Dalila esta é para ti
Ah, não espera, esta é para mim

(Adaptado de "Hey There Delilah - Plain White T's)

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

domingo, 15 de novembro de 2009

Caixa de Pandora

A minha tinha tudo aquilo que não queria enfrentar. Forrada com esta máscara feita de piadas, clichés e frases feitas que é agora indiferenciável da minha verdadeira face. Trancada com um cadeado tão conformado quanto eu. E continuava a crescer, com tudo o que me fazia cerrar os dentes e eu ignorava. Ou tentava.

Tinha tudo para ser perfeito. Não fosse uma pequena fuga que me envenenava o ar aos poucos. O veneno entra. Corrói-nos. Transforma-nos. Leva a percepção. A vontade. A linha entre os bons dias e os maus, entre aquilo que gostamos e o que não. E aquele número que costumava ser para o nosso lar agora telefona para uma casa.

Aguentamos. Com esperança que tudo passe. Que um dia, ao acordar, as coisas se resolvam. Porque este sentimento que teima em dizer que tudo corre mal é passageiro. Porque a esperança diz-nos que sim. Enquanto nos faz ignorar tudo o resto.

E numa explosão a caixa é destruída. Tudo aquilo que ela guardava está agora livre. E tudo o que vejo é fumo negro. Resta saber aquilo que sobrou da minha verdadeira face.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

domingo, 8 de novembro de 2009

Por Favor...

Por favor não a pares.
Não pares a música.
Não deixes que o microfone desligado te silencie.
Não ouses a deixar a tua mão ser ofendida por quem não dá valor aos teus acordes.
Deixa que as palmas te guiem.
Não seduzas o palco com inseguranças quando pensas que a tua alma sairá desafinada pelas teclas do piano. Deixa que a tua melhor melodia ecoe pela sala.
Quando tudo estiver certo, deixa que o bater do teu pé dite o ritmo pelo qual reges a tua vida.
Deixa-a fluir, naturalmente, com o talento que fizeste teu.
Está nas tuas mãos a caneta que passará para o papel a letra da tua vida.
Vais deixar que te façam abrir mão dela?

Jamie Cullum, em "Don't Stop The Music".


Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.