Para quem lê as linhas neste espaço periodicamente.
Para quem por aqui passa casualmente.
Para ti que vieste aqui só porque escrevi: porn.
Não há muito a dizer.
Que 2010 seja o ano em que tudo se resolve.
Que a guitarra se torne uma extensão do teu corpo.
Que outras mãos se tornem o contacto com o exterior.
Que aquilo que fazes te encante como deveria.
Escolhe o bom caminho e segue sempre, desde que seja em 2010.
Eu sou o Homem do Meio. Até para o ano.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
domingo, 27 de dezembro de 2009
Acordar difícil
Quando menos esperamos, a nossa mente prega-nos partidas. Consegue, até, ser cruel. E logo na altura em que estamos mais vulneráveis. Enquanto dormimos.
Falo, claro, dos sonhos. Não daqueles em que somos perseguidos por uma torradeira com pernas e ao acordar nem nos lembramos. Falo daqueles que nos enganam mesmo bem. Onde tudo o que desejamos nos é entregue de bandeja, onde somos felizes e despreocupados. Tudo se mostra numa realidade inquestionável, talvez pela embriaguez de sentimentos, e por ser assim nunca pensamos no seu final.
Mas entretanto acordamos. Basta a percepção de estarmos ainda deitados para sermos sugados de novo para a verdade. E com o choque, a desilusão, vem a rápida troca entre a felicidade extrema e o desespero. A vontade de regressar. O aperto no coração.
Demora até conseguirmos respirar de novo. Até tudo passar. Mas rapidamente ultrapassamos tudo para seguirmos em frente. E assim o é porque não houve luta, não houve esperança, não houve purgatório entre estados. Ora felicidade, ora tristeza. A frieza com que tudo nos é dado e tirado faz com que nada do que sentimos naquele momento nos atormente.
Concluo então que os sentimentos tornam tudo real, mas é o meio, o limbo, a transição que realmente nos marca, que realmente nos fere.
Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.
Falo, claro, dos sonhos. Não daqueles em que somos perseguidos por uma torradeira com pernas e ao acordar nem nos lembramos. Falo daqueles que nos enganam mesmo bem. Onde tudo o que desejamos nos é entregue de bandeja, onde somos felizes e despreocupados. Tudo se mostra numa realidade inquestionável, talvez pela embriaguez de sentimentos, e por ser assim nunca pensamos no seu final.
Mas entretanto acordamos. Basta a percepção de estarmos ainda deitados para sermos sugados de novo para a verdade. E com o choque, a desilusão, vem a rápida troca entre a felicidade extrema e o desespero. A vontade de regressar. O aperto no coração.
Demora até conseguirmos respirar de novo. Até tudo passar. Mas rapidamente ultrapassamos tudo para seguirmos em frente. E assim o é porque não houve luta, não houve esperança, não houve purgatório entre estados. Ora felicidade, ora tristeza. A frieza com que tudo nos é dado e tirado faz com que nada do que sentimos naquele momento nos atormente.
Concluo então que os sentimentos tornam tudo real, mas é o meio, o limbo, a transição que realmente nos marca, que realmente nos fere.
Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Keep Me Where The Light Is - Parte 1
Depois de algum tempo escondido, resolvi postar isto. Isto é o início de uma história que eu espero conseguir continuar.
Não interessa o mês, o ano ou o dia. Interessa saber que há coisas que passaram a fazer sentido. Interessa saber que a nossa personagem corria de sorriso no rosto. Não interessa saber que chovia tanto que o impedia de ver o caminho. Não interessa saber que tudo isso já lhe tinha valido umas quantas quedas, uns quantos cortes, um joelho esfolado, uma camisola rasgada (logo a sua favorita). Interessa saber que nada o fez abrandar. Nada excepto o vislumbre daquele alpendre fracamente iluminado. Uma pulsação mais rápida. Uma respiração ofegante. O frio da chuva. Uma gargalhada. Porque depois de tanta pressa, esqueceu-se do mais importante. O que precisava de ser dito. O como. Os porquês. Típico. Mas tal como a espontaneidade que o fez começar a correr, fê-lo continuar até à luz. Devagar, porque agora tudo se sente:
- Estás uma bela porcaria. – Disse, com aquele sorriso estranho no rosto, um misto de dor e alegria, incerteza e segurança.
E quando chegou à escadaria, em jeito de flashback, lembrou-se de tudo aquilo que o tinha feito tomar aquele caminho. Do bom, do mau, dos inúmeros dias passados. Do bem que se sentiu naquele alpendre. Acompanhado, a ver a chuva, a conversar. Sempre com a mesma luz, a luz fraca. E antes de bater à porta fez um pedido a si próprio, talvez à sua sorte. Implorou. Não na sua língua. Noutra que tão bem lhe soa:
- “Please, keep me where the light is”.
Mas estou a adiantar-me. Para perceberem aquilo que se vai passar a seguir, ainda têm muito que saber. Esta é a história daquilo que o levou àquele alpendre. De quem o levou.
Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.
Não interessa o mês, o ano ou o dia. Interessa saber que há coisas que passaram a fazer sentido. Interessa saber que a nossa personagem corria de sorriso no rosto. Não interessa saber que chovia tanto que o impedia de ver o caminho. Não interessa saber que tudo isso já lhe tinha valido umas quantas quedas, uns quantos cortes, um joelho esfolado, uma camisola rasgada (logo a sua favorita). Interessa saber que nada o fez abrandar. Nada excepto o vislumbre daquele alpendre fracamente iluminado. Uma pulsação mais rápida. Uma respiração ofegante. O frio da chuva. Uma gargalhada. Porque depois de tanta pressa, esqueceu-se do mais importante. O que precisava de ser dito. O como. Os porquês. Típico. Mas tal como a espontaneidade que o fez começar a correr, fê-lo continuar até à luz. Devagar, porque agora tudo se sente:
- Estás uma bela porcaria. – Disse, com aquele sorriso estranho no rosto, um misto de dor e alegria, incerteza e segurança.
E quando chegou à escadaria, em jeito de flashback, lembrou-se de tudo aquilo que o tinha feito tomar aquele caminho. Do bom, do mau, dos inúmeros dias passados. Do bem que se sentiu naquele alpendre. Acompanhado, a ver a chuva, a conversar. Sempre com a mesma luz, a luz fraca. E antes de bater à porta fez um pedido a si próprio, talvez à sua sorte. Implorou. Não na sua língua. Noutra que tão bem lhe soa:
- “Please, keep me where the light is”.
Mas estou a adiantar-me. Para perceberem aquilo que se vai passar a seguir, ainda têm muito que saber. Esta é a história daquilo que o levou àquele alpendre. De quem o levou.
Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.
sábado, 19 de dezembro de 2009
Em recuperação
Sento-me para rabiscar. Porque é isso que faço hoje em dia. Rabisco, e talvez na ponta desta caneta prateada esteja algo digno de registo, ou partilha, talvez. Não me sinto mais ou menos feliz do que quando tudo isto começou. Talvez mais marcado, de quando as cicatrizes cresceram ao contrário do esperado, como facas que cortam de dentro para fora. Certamente mais confuso. Eu chamo-lhe recuperação, do acidente que esperou os seus dias para acontecer, ou melhor, que foi acontecendo, com toda a sua inevitabilidade.
Em recuperação, ora aí está um bom título.
E já não era sobre isto que eu queria falar, mas sim sobre sentimentos e a minha falta de habilidade com eles. Pelo que parece estes rabiscos levam-me a sítios improváveis. Mas mostra que no meio desta confusão há uma certeza absoluta. TUDO está ligado. Tudo isto levou a tudo o resto. E este desvio leva-me de novo ao destino desejado.
Em recuperação.
Para que aquela porta, ao fechar, não me faça pensar em tudo o que nunca será, mas sim no bom que poderá ser.
Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.
Em recuperação, ora aí está um bom título.
E já não era sobre isto que eu queria falar, mas sim sobre sentimentos e a minha falta de habilidade com eles. Pelo que parece estes rabiscos levam-me a sítios improváveis. Mas mostra que no meio desta confusão há uma certeza absoluta. TUDO está ligado. Tudo isto levou a tudo o resto. E este desvio leva-me de novo ao destino desejado.
Em recuperação.
Para que aquela porta, ao fechar, não me faça pensar em tudo o que nunca será, mas sim no bom que poderá ser.
Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Domingo
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Dia da verdade
Recapitulando, o Homem do Meio anda com problemas de imaginação e criatividade. Resultado? Instalou-se o pânico. Solução? Pedir ajuda.
O Anónimo perguntou:
Andam para aí a dizer que já se podem trocar escudos por euros, será que é verdade?
Sim, e não. Quer dizer, é mais um depende. Se vives no ano 2001, então ainda vais ter de esperar uns dias para poderes meter as mãozinhas nos euros. Se vives no ano 2009, então larga essa porcaria que te está a fazer mal ao cérebro.
O Daimou inquiriu-me:
Diz-se que as pessoas se dividem em duas categorias – caçadores e agricultores. Em qual te encaixas (sei que és o Homem do meio mas... para qual tendes)?
Digo com toda a certeza que sou um agricultor. Semeio e vou tratando do terreno na esperança de colher algo. A caça é rápida de mais. É como começar uma corrida a um metro da meta.
Tanto o Baltazar como o João fizeram a mesma pergunta. Assuntos do coração. E nisso não me atrevo a meter um temporizador. Será quando o for e nem um minuto mais cedo. Aquilo que não me falta é tempo e paciência. Obrigado pelo apoio.
A Margarida resolveu questionar:
hey, are you walking on sunshine? REALLY?
Not yet. Relax! I'm in repair. Not together, but I'm getting there.
Outro anónimo fez uma bela pergunta:
O Homem inventou a roda, aprendeu a manipular o fogo, a electricidade, a água, os ventos átomos e genes. O homem voa sem asas, nada até km de profundidade sem guelras e atinge altas velocidades. O homem compreende a natureza, com a ciência como instrumento e usa-a para fazer coisas impensáveis, ele tem poder para explodir com o mundo e o outro se quiser.
Porque é que não deixou de explorar o seu igual?
Porque faz e sempre fará parte do Homem comportar-se como um animal. Agora continua a trabalhar senão levas com o chicote.
O Daimon resolveu voltar a questionar, de uma forma acutilante:
Qual é a tua opinião acerca da Gnose Metafísico-cristã na respectiva kanteana?
É, para mim, incontornável que o homem tem à nascença conhecimentos inatos. Mas nada mais será que código genético que imprime comportamentos no cérebro. Colocar os louros numa entidade superior ou na influência das ditas "almas", é a meu ver fantasioso. Já os fundamentos morais não passam de resultados dos reforços positivos e negativos da sociedade.
Já a Ana, para terminar, disse:
Who the hell is Mrs Middles???
Oh Ana, eu adorava responder à tua pergunta, mas infelizmente não falo Mandarin. Experimenta em Cantonês, e talvez te safes.
Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.
O Anónimo perguntou:
Andam para aí a dizer que já se podem trocar escudos por euros, será que é verdade?
Sim, e não. Quer dizer, é mais um depende. Se vives no ano 2001, então ainda vais ter de esperar uns dias para poderes meter as mãozinhas nos euros. Se vives no ano 2009, então larga essa porcaria que te está a fazer mal ao cérebro.
O Daimou inquiriu-me:
Diz-se que as pessoas se dividem em duas categorias – caçadores e agricultores. Em qual te encaixas (sei que és o Homem do meio mas... para qual tendes)?
Digo com toda a certeza que sou um agricultor. Semeio e vou tratando do terreno na esperança de colher algo. A caça é rápida de mais. É como começar uma corrida a um metro da meta.
Tanto o Baltazar como o João fizeram a mesma pergunta. Assuntos do coração. E nisso não me atrevo a meter um temporizador. Será quando o for e nem um minuto mais cedo. Aquilo que não me falta é tempo e paciência. Obrigado pelo apoio.
A Margarida resolveu questionar:
hey, are you walking on sunshine? REALLY?
Not yet. Relax! I'm in repair. Not together, but I'm getting there.
Outro anónimo fez uma bela pergunta:
O Homem inventou a roda, aprendeu a manipular o fogo, a electricidade, a água, os ventos átomos e genes. O homem voa sem asas, nada até km de profundidade sem guelras e atinge altas velocidades. O homem compreende a natureza, com a ciência como instrumento e usa-a para fazer coisas impensáveis, ele tem poder para explodir com o mundo e o outro se quiser.
Porque é que não deixou de explorar o seu igual?
Porque faz e sempre fará parte do Homem comportar-se como um animal. Agora continua a trabalhar senão levas com o chicote.
O Daimon resolveu voltar a questionar, de uma forma acutilante:
Qual é a tua opinião acerca da Gnose Metafísico-cristã na respectiva kanteana?
É, para mim, incontornável que o homem tem à nascença conhecimentos inatos. Mas nada mais será que código genético que imprime comportamentos no cérebro. Colocar os louros numa entidade superior ou na influência das ditas "almas", é a meu ver fantasioso. Já os fundamentos morais não passam de resultados dos reforços positivos e negativos da sociedade.
Já a Ana, para terminar, disse:
Who the hell is Mrs Middles???
Oh Ana, eu adorava responder à tua pergunta, mas infelizmente não falo Mandarin. Experimenta em Cantonês, e talvez te safes.
Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Apelo
O Homem do Meio precisa da tua ajuda.
Porque a falta de imaginação toca a todos.
E porque um dia podes ser tu.
Estou a aceitar todo o tipo de perguntas.
E o espaço de comentários para este post é o seu habitat natural.
Não interessa o que queres saber.
Seja sobre mim ou sobre o tipo de cuecas que o José Castelo Branco usa.
Aqui não se julga ninguém.
Se estás a ler isto, não interessa de onde vens, deixa a tua pergunta.
Seja porque tens dúvidas ou porque queres ter o gozo de ver a minha resposta. Ou porque queres participar e ajudar quem mais precisa.
Não custa.
Não dói.
Não é preciso fazer sentido.
São meia dúzia de palavras e um ponto de interrogação.
Será que tens o que é preciso?
Eu sou o Homem do Meio. Até ao dia de todas as respostas, que será 6ª feira, dia 11 de Dezembro. Apressem-se.
Porque a falta de imaginação toca a todos.
E porque um dia podes ser tu.
Estou a aceitar todo o tipo de perguntas.
E o espaço de comentários para este post é o seu habitat natural.
Não interessa o que queres saber.
Seja sobre mim ou sobre o tipo de cuecas que o José Castelo Branco usa.
Aqui não se julga ninguém.
Se estás a ler isto, não interessa de onde vens, deixa a tua pergunta.
Seja porque tens dúvidas ou porque queres ter o gozo de ver a minha resposta. Ou porque queres participar e ajudar quem mais precisa.
Não custa.
Não dói.
Não é preciso fazer sentido.
São meia dúzia de palavras e um ponto de interrogação.
Será que tens o que é preciso?
Eu sou o Homem do Meio. Até ao dia de todas as respostas, que será 6ª feira, dia 11 de Dezembro. Apressem-se.
sábado, 5 de dezembro de 2009
Esclarecimento
Aos criadores da série "A vida de Patty",
Quando disse que nada podia ser pior que a Floribela, em momento algum o disse em tom de desafio. Logo, é para mim incompreensível a vossa atitude terrorista.
Sem mais assunto,
Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.
Quando disse que nada podia ser pior que a Floribela, em momento algum o disse em tom de desafio. Logo, é para mim incompreensível a vossa atitude terrorista.
Sem mais assunto,
Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.
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