Numa noite segui quem merecia o meu respeito. Alguém a quem eu tinha dado uma segunda oportunidade, embora o desconhecesse. Cego por ver negados os meus receios. Ingenuidade. Esforcei-me por manter alguém junto a mim que já tinha partido há muito.
Naquele momento, pensado por mim como ideal, ficou-me marcada uma frase, que me deixa feliz sempre que por ela me guio, embora tatuada a mágoa. Nas paredes de uma Lisboa vestida de Natal lia-se:
"Escolhe o bom caminho e segue sempre".
E escolhi.
Ainda hoje escolho.
Não olho para trás.
Não me arrependo.
Superei-me todos os dias até chegar onde cheguei. Larguei aquilo que naquela noite tomava como certo para mim.
Não olho para trás.
Tento todos os dias manter perto de mim aqueles que se mostraram dignos da minha confiança. Já partiste há muito.
Naquela noite, mais forte que aquela frase, marcaste-me tu. Foi a penúltima vez que te vi.
Protege todos de ti própria. Eu já o faço.
Para quem aqui leu uma triste história de amor, informo que mais não é que uma triste história de amizade.
Eu sou o homem do meio. Até um dia.
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