segunda-feira, 23 de março de 2009

The Game of Love

É daqueles jogos que toda a gente gostaria de saber jogar...
É um tipo de Poker, onde se tiram as cartas e se joga só com bluff.
É um tipo de Pictionary, mas sem os desenhos.
É muito parecido com um Monopólio...mas despido de qualquer peça que o identifique.
Algumas parecenças com o Trivial Pursuit, mas com perguntas e respostas através de sinais muito ténues (esqueçam os cartões!).
Tem dias em que usa as bases do Solitário. Nos outros é um Xadrez onde só se usa o rei e a rainha, um de cada lado, ao som de um tango tocado a violino.
Na maioria dos casos é um Quem é Quem?, onde a figura mistério é sempre a mesma, e até de costas sabemos quem é.
Tem algumas coisas de Batalha Naval, até porque se não formos correspondidos vamos ao fundo.
Se a coisa corre mal, ficamos a jogar UNO, com cartas na mão que davam para fazer uma réplica do oceanário.
Tem uma pitada de Sabe Mais Que Um Miúdo de 10 Anos?, com a diferença de que saber mais que um miúdo de 10 anos não serve de nada.

Com um não que afinal queria dizer sim; com um sim que afinal queria dizer "é melhor não"; com sinais que não estavam lá, não demos por eles...mas devíamos; mover de mãos, mexer de cabelos, coçar de bochechas, suspiros, abrir de olhos, beicinhos, tremeliques, ranger de dentes, olhares insistentes, piadas secas, toques subtis, sussurros...e mais um conjunto enorme de sinais que precisavam de um Dan Brown para decifrar.

Digam-me...com estas regras da treta...como é que eu posso saber jogar?

Eu sou o homem do meio. Sou viciado nisto. Ate um dia.

2 comentários:

M.A. disse...

Eu continuo a apostar no jogo "Meio-Limão". Que neste caso se aplica na perfeição: parece fácil quando se está sob efeito de alcool, mas só se faz é merda.

Opa deixa-te disso, deixa-te disso.. Jogos perigosos não são para sabermos jogar.

Anónimo disse...

"Nos outros é um Xadrez onde só se usa o rei e a rainha, um de cada lado, ao som de um tango tocado a violino." - Brilhante! Este jogo ha-de ser SEMPRE assim... e não será isso que o torna interessante?