quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010, odisseia no mundo

Para quem lê as linhas neste espaço periodicamente.
Para quem por aqui passa casualmente.
Para ti que vieste aqui só porque escrevi: porn.

Não há muito a dizer.
Que 2010 seja o ano em que tudo se resolve.
Que a guitarra se torne uma extensão do teu corpo.
Que outras mãos se tornem o contacto com o exterior.
Que aquilo que fazes te encante como deveria.

Escolhe o bom caminho e segue sempre, desde que seja em 2010.

Eu sou o Homem do Meio. Até para o ano.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Acordar difícil

Quando menos esperamos, a nossa mente prega-nos partidas. Consegue, até, ser cruel. E logo na altura em que estamos mais vulneráveis. Enquanto dormimos.
Falo, claro, dos sonhos. Não daqueles em que somos perseguidos por uma torradeira com pernas e ao acordar nem nos lembramos. Falo daqueles que nos enganam mesmo bem. Onde tudo o que desejamos nos é entregue de bandeja, onde somos felizes e despreocupados. Tudo se mostra numa realidade inquestionável, talvez pela embriaguez de sentimentos, e por ser assim nunca pensamos no seu final.

Mas entretanto acordamos. Basta a percepção de estarmos ainda deitados para sermos sugados de novo para a verdade. E com o choque, a desilusão, vem a rápida troca entre a felicidade extrema e o desespero. A vontade de regressar. O aperto no coração.

Demora até conseguirmos respirar de novo. Até tudo passar. Mas rapidamente ultrapassamos tudo para seguirmos em frente. E assim o é porque não houve luta, não houve esperança, não houve purgatório entre estados. Ora felicidade, ora tristeza. A frieza com que tudo nos é dado e tirado faz com que nada do que sentimos naquele momento nos atormente.

Concluo então que os sentimentos tornam tudo real, mas é o meio, o limbo, a transição que realmente nos marca, que realmente nos fere.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Keep Me Where The Light Is - Parte 1

Depois de algum tempo escondido, resolvi postar isto. Isto é o início de uma história que eu espero conseguir continuar.

Não interessa o mês, o ano ou o dia. Interessa saber que há coisas que passaram a fazer sentido. Interessa saber que a nossa personagem corria de sorriso no rosto. Não interessa saber que chovia tanto que o impedia de ver o caminho. Não interessa saber que tudo isso já lhe tinha valido umas quantas quedas, uns quantos cortes, um joelho esfolado, uma camisola rasgada (logo a sua favorita). Interessa saber que nada o fez abrandar. Nada excepto o vislumbre daquele alpendre fracamente iluminado. Uma pulsação mais rápida. Uma respiração ofegante. O frio da chuva. Uma gargalhada. Porque depois de tanta pressa, esqueceu-se do mais importante. O que precisava de ser dito. O como. Os porquês. Típico. Mas tal como a espontaneidade que o fez começar a correr, fê-lo continuar até à luz. Devagar, porque agora tudo se sente:

- Estás uma bela porcaria. – Disse, com aquele sorriso estranho no rosto, um misto de dor e alegria, incerteza e segurança.

E quando chegou à escadaria, em jeito de flashback, lembrou-se de tudo aquilo que o tinha feito tomar aquele caminho. Do bom, do mau, dos inúmeros dias passados. Do bem que se sentiu naquele alpendre. Acompanhado, a ver a chuva, a conversar. Sempre com a mesma luz, a luz fraca. E antes de bater à porta fez um pedido a si próprio, talvez à sua sorte. Implorou. Não na sua língua. Noutra que tão bem lhe soa:

- “Please, keep me where the light is”.

Mas estou a adiantar-me. Para perceberem aquilo que se vai passar a seguir, ainda têm muito que saber. Esta é a história daquilo que o levou àquele alpendre. De quem o levou.


Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Em recuperação

Sento-me para rabiscar. Porque é isso que faço hoje em dia. Rabisco, e talvez na ponta desta caneta prateada esteja algo digno de registo, ou partilha, talvez. Não me sinto mais ou menos feliz do que quando tudo isto começou. Talvez mais marcado, de quando as cicatrizes cresceram ao contrário do esperado, como facas que cortam de dentro para fora. Certamente mais confuso. Eu chamo-lhe recuperação, do acidente que esperou os seus dias para acontecer, ou melhor, que foi acontecendo, com toda a sua inevitabilidade.
Em recuperação, ora aí está um bom título.
E já não era sobre isto que eu queria falar, mas sim sobre sentimentos e a minha falta de habilidade com eles. Pelo que parece estes rabiscos levam-me a sítios improváveis. Mas mostra que no meio desta confusão há uma certeza absoluta. TUDO está ligado. Tudo isto levou a tudo o resto. E este desvio leva-me de novo ao destino desejado.
Em recuperação.
Para que aquela porta, ao fechar, não me faça pensar em tudo o que nunca será, mas sim no bom que poderá ser.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Domingo



Sem planos nem restrições.
Só impulsos.
Nunca sair de casa soube tão bem.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Dia da verdade

Recapitulando, o Homem do Meio anda com problemas de imaginação e criatividade. Resultado? Instalou-se o pânico. Solução? Pedir ajuda.

O Anónimo perguntou:
Andam para aí a dizer que já se podem trocar escudos por euros, será que é verdade?
Sim, e não. Quer dizer, é mais um depende. Se vives no ano 2001, então ainda vais ter de esperar uns dias para poderes meter as mãozinhas nos euros. Se vives no ano 2009, então larga essa porcaria que te está a fazer mal ao cérebro.

O Daimou inquiriu-me:
Diz-se que as pessoas se dividem em duas categorias – caçadores e agricultores. Em qual te encaixas (sei que és o Homem do meio mas... para qual tendes)?
Digo com toda a certeza que sou um agricultor. Semeio e vou tratando do terreno na esperança de colher algo. A caça é rápida de mais. É como começar uma corrida a um metro da meta.

Tanto o Baltazar como o João fizeram a mesma pergunta. Assuntos do coração. E nisso não me atrevo a meter um temporizador. Será quando o for e nem um minuto mais cedo. Aquilo que não me falta é tempo e paciência. Obrigado pelo apoio.

A Margarida resolveu questionar:
hey, are you walking on sunshine? REALLY?
Not yet. Relax! I'm in repair. Not together, but I'm getting there.

Outro anónimo fez uma bela pergunta:
O Homem inventou a roda, aprendeu a manipular o fogo, a electricidade, a água, os ventos átomos e genes. O homem voa sem asas, nada até km de profundidade sem guelras e atinge altas velocidades. O homem compreende a natureza, com a ciência como instrumento e usa-a para fazer coisas impensáveis, ele tem poder para explodir com o mundo e o outro se quiser.

Porque é que não deixou de explorar o seu igual?
Porque faz e sempre fará parte do Homem comportar-se como um animal. Agora continua a trabalhar senão levas com o chicote.

O Daimon resolveu voltar a questionar, de uma forma acutilante:
Qual é a tua opinião acerca da Gnose Metafísico-cristã na respectiva kanteana?
É, para mim, incontornável que o homem tem à nascença conhecimentos inatos. Mas nada mais será que código genético que imprime comportamentos no cérebro. Colocar os louros numa entidade superior ou na influência das ditas "almas", é a meu ver fantasioso. Já os fundamentos morais não passam de resultados dos reforços positivos e negativos da sociedade.

Já a Ana, para terminar, disse:
Who the hell is Mrs Middles???
Oh Ana, eu adorava responder à tua pergunta, mas infelizmente não falo Mandarin. Experimenta em Cantonês, e talvez te safes.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Apelo

O Homem do Meio precisa da tua ajuda.
Porque a falta de imaginação toca a todos.
E porque um dia podes ser tu.

Estou a aceitar todo o tipo de perguntas.
E o espaço de comentários para este post é o seu habitat natural.
Não interessa o que queres saber.
Seja sobre mim ou sobre o tipo de cuecas que o José Castelo Branco usa.
Aqui não se julga ninguém.

Se estás a ler isto, não interessa de onde vens, deixa a tua pergunta.
Seja porque tens dúvidas ou porque queres ter o gozo de ver a minha resposta. Ou porque queres participar e ajudar quem mais precisa.

Não custa.
Não dói.
Não é preciso fazer sentido.
São meia dúzia de palavras e um ponto de interrogação.
Será que tens o que é preciso?

Eu sou o Homem do Meio. Até ao dia de todas as respostas, que será 6ª feira, dia 11 de Dezembro. Apressem-se.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Esclarecimento

Aos criadores da série "A vida de Patty",

Quando disse que nada podia ser pior que a Floribela, em momento algum o disse em tom de desafio. Logo, é para mim incompreensível a vossa atitude terrorista.

Sem mais assunto,

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

domingo, 29 de novembro de 2009

A Ambiguidade chama...

...e o Homem do Meio responde à chamada da Ambiguidade Insegura!
O que me pede ela?
10 perguntas, que pedem respostas com nomes de músicas de um artista à nossa escolha.
O artista de eleição é John Mayer. Sem dúvidas por aqui.

1. És homem ou mulher? Man on the side
2. Descreve-te: In Repair
3. O que as pessoas acham de ti? This Will All Make Perfect Sense Someday
4. Como descreves o teu último relacionamento? Half Of My Heart
5. Descreve o estado actual da tua relação: I Don't Trust Myself With Loving You
6. Onde querias estar agora? Covered In Rain
7. O que pensas a respeito do amor? War Of My Life
8. Como é a tua vida? Something's Missing
9. O que pedirias se pudesses ter um só desejo? Clarity
10. Escreve uma frase sábia: Friends, Lovers or Nothing

Eu sou o Homem do Meio. Waiting on the world to change.

sábado, 21 de novembro de 2009

Instintos

Tal como a girafa que tenta desesperadamente pôr-se de pé ao nascer. Ou a tartaruga que se encaminha para a água ao sair do ovo. Todos nós temos as nossas ideias inatas, os nossos instintos, um padrão de comportamento pré-definido.

E como prova tenho...

Nós (homens) em lojas de roupa feminina!

E não é muito difícil de notar os movimentos quase coreografados que sem querer se executam. De notar:

1. Os mais preocupados com as aparências que ficam de plantão à porta, com os restantes saquinhos na mão.
2. Os mais "colas", com os sacos na mão, que perseguem as meninas que acompanham como se uma trela tivessem.
3. Os atentos, que se apercebem do facto, e tentam contrariar a onda, e tentam ficar à frente das meninas (casos raros).

E acreditem, isto é muito fácil de reparar. Fiquem um minuto à porta de uma loja dessas, de preferência ao fim-de-semana, e verão como os movimentos são como que ensaiados.

Eu, confesso, tentei enquadrar-me na 3ª parte. Esforcei-me e a review foi boa. Quem viu, diz que fui uma boa companhia.

Se és rapariga, precisas de companhia para ir às compras e estás farta do mesmo tédio de sempre, deixa uma mensagem.
Apresento referências se necessário.

Eu sou o Homem do Meio. Qualquer parecença com uma estratégia de marketing é pura coincidência. Até um dia.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Então Dalila? (Adaptado)

Então Dalila, como vão as coisas por Nova Iorque?
Estou uns belos quilómetros longe de ti, mas como te quero saltar para cima,
Consigo ver que esta noite estás muito bonita.
Ah pois estás!
Times Square não consegue brilhar tanto como tu
Juro que é verdade, porque se conseguisse esta canção já não tinha o teu nome.

Ei, Dalila,
Não te preocupes com as distâncias
Eu estarei aqui se te sentires sozinha.
Mas se estiver com a loira do 12º C
Ouve outra vez esta canção,
Fecha os olhos
Ouve a minha voz, é o meu disfarce,
Pelo menos por hoje, que amanha volto ao trabalho como mascote do KFC
Estou ao teu lado (ou com a ruiva do 3º A)

Oh, é aquilo que tu me fazes,
Oh, é aquilo que tu me fazes,
O que é que me fazes?

Ei, Dalila,
Eu sei que os tempos estão a ficar difíceis
Mas acredita em mim mulhere,
Um dia ainda vou pagar as contas com esta guitarra
Ou quando a morena do 10º D começar a pagar
Vamos viver a vida que sabíamos que iamos viver
A minha palavra é boa (pelo menos quando não me vem a dislexia)

Ei, Dalila,
Ainda tenho muito para te dizer
Principalmente sobre a DST que apanhei
Se todas as canções simples que eu pudesse escrever
Te tirassem o fôlego
Eu escrevia-as todas
Só é pena ter perdido o braço naquele acidente
Senão até te apaixonavas ainda mais por mim,
E eu ainda te pegava o resto das doenças que tenho

Mil milhas parece bastante longe
Até porque não fiz a conversão para quilómetros
Mas eles agora têm aviões e comboios e carros
Caminhava até ti se não estivesse com termo de identidade e residência
Os nossos amigos iam fazer pouco de nós
Principalmente pela minha corcunda e a tua maneira esquisita de falar
E nós riamos também porque sabemos
Que nunca nenhum deles se sentiu assim
Até porque a cena dos ácidos queimou-nos o neurónio.
Dalila eu prometo
Que quando acabarmos
O mundo nunca mais será o mesmo
E a culpa é toda tua
Porque agora vais pegar essa enciclopédia de Hepatites a mais pessoas

Ei Dalila,
Sê boazinha e não sintas a minha falta
Mais dois anos e vais acabar a escola
Ou pelo menos o curso que estás a tirar na prisão
E eu vou fazer história como faço agora
Basta-me conseguir vender droga como o MC Chumbinho da porta ao lado
E vais saber que é tudo por tua causa
Não me tivesses deixado com aquelas dívidas todas
Podemos fazer o que quisermos
Pelo menos até sermos apanhados
Ei, Dalila esta é para ti
Ah, não espera, esta é para mim

(Adaptado de "Hey There Delilah - Plain White T's)

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

domingo, 15 de novembro de 2009

Caixa de Pandora

A minha tinha tudo aquilo que não queria enfrentar. Forrada com esta máscara feita de piadas, clichés e frases feitas que é agora indiferenciável da minha verdadeira face. Trancada com um cadeado tão conformado quanto eu. E continuava a crescer, com tudo o que me fazia cerrar os dentes e eu ignorava. Ou tentava.

Tinha tudo para ser perfeito. Não fosse uma pequena fuga que me envenenava o ar aos poucos. O veneno entra. Corrói-nos. Transforma-nos. Leva a percepção. A vontade. A linha entre os bons dias e os maus, entre aquilo que gostamos e o que não. E aquele número que costumava ser para o nosso lar agora telefona para uma casa.

Aguentamos. Com esperança que tudo passe. Que um dia, ao acordar, as coisas se resolvam. Porque este sentimento que teima em dizer que tudo corre mal é passageiro. Porque a esperança diz-nos que sim. Enquanto nos faz ignorar tudo o resto.

E numa explosão a caixa é destruída. Tudo aquilo que ela guardava está agora livre. E tudo o que vejo é fumo negro. Resta saber aquilo que sobrou da minha verdadeira face.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

domingo, 8 de novembro de 2009

Por Favor...

Por favor não a pares.
Não pares a música.
Não deixes que o microfone desligado te silencie.
Não ouses a deixar a tua mão ser ofendida por quem não dá valor aos teus acordes.
Deixa que as palmas te guiem.
Não seduzas o palco com inseguranças quando pensas que a tua alma sairá desafinada pelas teclas do piano. Deixa que a tua melhor melodia ecoe pela sala.
Quando tudo estiver certo, deixa que o bater do teu pé dite o ritmo pelo qual reges a tua vida.
Deixa-a fluir, naturalmente, com o talento que fizeste teu.
Está nas tuas mãos a caneta que passará para o papel a letra da tua vida.
Vais deixar que te façam abrir mão dela?

Jamie Cullum, em "Don't Stop The Music".


Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Vinte mais um

"Não por muito tempo."
Pensava eu.
Deitado, acordes elucidativos de guitarra ao ouvido. Mãos na cara, que o sol incomoda.
"Não por muito tempo."
20+1 era a minha idade. A verdadeira. Há um a mais.
"Não por muito tempo."
Fim da música, fim do tempo, fim da espera. Memórias retiradas da parede, pedaços de cartão e plástico retirados das memórias. Cinquenta perguntas de cultura geral numa caligrafia familiar para ocuparem o lugar vago.
O corte aleatório da tesoura dita o fim, a última inspiração profunda de uma recordação moribunda. O vidro contra o papel e a madeira presa por um prego tornam tudo isto permanente.
20+1 era a minha idade.
"Então e agora o que faço com estes 21?"
Bem, agora pegas no telefone para falar com uma desconhecida.

Eu sou o Homem do Meio. 50 perguntas para uma resposta. Até um dia.

domingo, 18 de outubro de 2009

1988

Eu até podia dizer que o rapaz é original. Pintá-lo de amarelo especial ou laranja único. Mas não estou aqui para enganar ninguém. Gosta por todos os clichés que já foram apontados, sejam sorrisos do reencontro, ou olhares surpresos. E a culpa nem é dele.

Temos também aquela insegurança, a timidez que reduz (drasticamente) o número de palavras que lhe saem da caixa de voz. Ah, claro, não me posso esquecer do medo. Medo burocrático o dele, que submete a escrutínio qualquer frase, passo ou acção que possa forrar a vidro aquilo que lhe vai na alma.

Tudo isto se junta, estas coisas por dizer, com as suas mãos (que por sua vez convidaram as carícias que sempre aguardam pelo passeio prometido), nos bolsos que guardam também o telemóvel, ansioso por notícias que nunca chegam.

Acabo por ter alguma pena do pobre coitado, nas alturas em que ele se odeia, quando o "tenho de ir" o separa em dois, entre a parte que sempre fica mais um pouco, mais perto, e a parte que gostaria de o fazer. São metades que nunca se recuperam, e ele sabe-o, sente-o, sempre que a porta se fecha ou o motor se liga de novo. Mãos à cabeça, sorriso torto, o pobre coitado.

Mas claro, nada é construído na integra com peças defeituosas. E haverá decerto alguma luz naquela intenção de escolher o bom caminho. Quanto ao resto, não acho que ele fosse capaz de estar aqui a escrever sobre si próprio para falar nas coisas boas que ele acha que é. Isso é para outro sítio.

E foi isto que saiu de 1988.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Conto n.º 1

Era uma vez...

Uma empresa de móveis.
Vendiam todo o tipo de móveis.
Montados, por montar, madeira, ferro, caruncho, para a sala, casa-de-banho e quarto, para o menino e para a menina.
E o negócio corria bem.
Mas eis que veio a crise.
E algo estranho aconteceu.
O negócio continuou a correr bem.
(Surpresa!)
Que o digam os panfletos que decoram semanalmente o pára-brisas do meu carro...

IRRA!

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Who Says?

"Who says I can't be free?
From all of the things that I used to be
Re-write my history
Who says I can’t be free?"
- John Mayer - Who Says



Quem diz que não podemos escrever sobre aquilo que nos apetece?
Quem diz que não podemos aprender a tocar guitarra?
Quem diz que não podemos ser bem sucedidos?
Quem diz que não conseguimos transformar uma lágrima num sorriso?
Quem diz que não podemos procurar força fora de casa?
Quem diz que temos de ser iguais a todos os outros?
Quem diz que o raio do miúdo não podia fazer barulho?

Quem diz que o Homem do Meio existe? Até um dia.

domingo, 11 de outubro de 2009

O Homem do Meio disse-me...

"(...)
The pictures on the wall, they remind us all that things have got to change or else they still remain
(...)"
- Never Forgotten - Toploader

Andas ocupado.
Vais estar ocupado.
Não sabes como vão ser os próximos dias.
Tretas.
Tens é medo de desdobrares aquele papel e pegares no telefone.
Isso sim.

.

sábado, 10 de outubro de 2009

Achilles Heel

Todos temos um calcanhar de Aquiles. Alguns até um dedo de Aquiles. Ou um coração de Aquiles. E o que todos tentamos fazer é separar-mo-nos um pouco mais dessas fraquezas, torná-las fortes como o nosso punho fechado, e quem sabe se um dia deixarão de nos conseguir magoar.

Uma pequena lembrança.
Achilles Heel - Toploader:


Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

How To Say I Love You

Isto podia dizer muito sobre muita coisa, sobre mim.
Mas é só um pequeno filme.



Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

domingo, 4 de outubro de 2009

Writer's choice...

1. Classic BIC (Medium, Blue);
2. Custom Notebook (Christmas Gift Edition) / Moleskine (Small, Dark Blue);

Write On!

sábado, 3 de outubro de 2009

Revelações

Engraçado.
Engraçado como aquilo que era suposto estar esquecido e enterrado, volta, anos depois, para nos atormentar.
Mentira.
Mentira porque nunca tinha sido nem esquecido nem enterrado, muito menos distante, condição necessária ao regresso.

Limites.
Há um limite. Em que as emoções se tornam asfixiantes, em que aquilo que queríamos esquecido se reafirma, usando o nosso corpo para projectar, não imagens, não um qualquer drama literário adaptado a filme rasco, mas maleitas. Projectar maleitas.

Psicossomático.
Tudo para dizer que sofreste demais, torturaste-te demais, à tua mente, e demais porque agora torturas o teu corpo, de forma involuntária. Agora desfiguras-te com essa culpa infundada.

Revelações.
Leveza.
Alívio.
Por ouvir palavras como "coragem" e "orgulho" de alguém com o distanciamento necessário para ter a credibilidade que ultrapassa a teimosia.

Engraçado.
Como me sinto agora.
Engraçado vir a precisar de tudo isto para conseguir finalmente ter alguma paz.

Eu sou o Homem do Meio. Closure. Até um dia.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

808 KARMAA

(Eu) Está a chamar...

(Karma) (TUUUU...TUUUU...)

(Karma) Bom dia...

(Eu) Bom dia, olhe eu...

(Karma) (gravação)..., lamentamos, mas de momento não podemos atender a sua chamada. Agradecemos desde já a sua preferência, mas devido à natureza do nosso serviço, fomos obrigados a despedir todo o departamento de assistência técnica para nos ser impossível aceitar a sua reclamação. Aconselhamos a pressionar de seguida o botão vermelho do seu telemóvel.

(Eu) (Desligo a chamada) ...acabei de ser violado por um atendedor de chamadas...
(Mensagem no telemóvel) Saldo: 0.00€
(Eu) Epá, então mas ainda agora carreguei esta m****...


Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A mediocridade que perdeu o seu caminho

"I'm going away for a while
But I'll be back, don't try to follow me
because I'll return as soon as possible"
- Paramore - Misguided Ghosts

Nunca sentimos a falta de nada nem ninguém até que o perdemos. E eu sentia-me tão bem com a minha mediocridade. A minha querida mediocridade. Contentar-me com o suficiente e andar não mais depressa que o essencial. E este cansaço tirou-me tudo.

Digo que estou cansado com uma respiração não mais profunda que o normal. Estou cansado como um idoso o diria. Um desgaste nunca físico, mas absolutamente mental. Fatigado de ser altruísta para quem desilude. Ofegante de apresentar sinceridade aos mentirosos. Tudo parece contribuir para fragilizar esta paciência.

E dou por mim a querer mais. Melhor. Dou por mim a querer coisas que, embora de desejo legítimo, apenas me enchem os sonhos de utopias. Sonho acordado com um futuro mais colorido do que deveria. E tudo se tornou mais doloroso, agradecimentos aos choques constantes com a realidade.

Não é por escolha própria. Mas porque a minha mediocridade me abandonou. Já faz algum tempo. A minha querida mediocridade.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Clarity 101

Encontrem um lugar alto.
Subam,
Sentem-se,
Olhem.
Olhem à volta.
Vão conseguir ver pedaços da vossa vida reflectida nos contornos da paisagem, juntamente com o futuro preso ao horizonte.
Respirem fundo.

Está na hora de descerem e deixarem de olhar o vosso passado como se fosse de outrem, não?

Sugestão: Esperem pelo pôr-do-sol, assim fazem o caminho para baixo com um sorriso nos lábios.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tanta treta...

...para decidir em que quadradinho desenhar a porcaria da cruz.

O Homem do Meio não tem preferência política. Nada de lados. Alias, quando eles estão a decidir quem é da esquerda, quem é da direita, quem está ao centro mais inclinado para baixo ou quem nem sequer lá está, eu estou, impaciente, à espera para tirar a fotografia.

E temos os congressos, os passeios, as visitas, os espectáculos, os banquetes, os panfletos, os cartazes, seguidos de uma hora de telejornal completamente minada de TRETA!!! E é dinheiro deitado à rua, porque quando as coisas realmente importantes deviam ser ditas (que seria quando as câmaras filmam) eles estão a discutir que V não percebe nada disto, X é mau para o país, Y quando esteve no governo só fez asneira, Z chumbou no infantário porque não sabia brincar, e que a mãe de S é tão gorda que sentada na cara do Alberto J. Jardim provocava asfixia democrática!

Ah!
E alguém que diga à Manuela Ferreira Leite para ganhar juízo, que com aquela cara não ganha nem uma ida ao Extreme Makeover.

Eu sou o Homem do Meio. Estes portugas estão loucos! Até um dia.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Lições

Anotem.

Não interessa se têm uma mente forte o suficiente para afastar ou esquecer os vossos fantasmas.
O corpo lembra-se de tudo.
E mais cedo ou mais tarde manifesta-se.

Anotem.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Signs

Uma curta metragem sobre comunicação.
Uma grande lição sobre relações.



Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Foreign Considerations

You have three possibilities:

1. Change;
2. Try and change the world;
3. Wait on the world to change;

Remember: The world accepts small contributions!

I'm the Man In The Middle. See you later.

domingo, 6 de setembro de 2009

Pause 48

Uma curta-metragem que me puxou a atenção.
Sem palavras...



Eu sou ...bem, vocês sabem.

sábado, 5 de setembro de 2009

Sombras

Não interessa quem sejas. Onde vives ou o que fazes. Tu sabes, e melhor que ninguém, que tens algo para dizer. Algo que nunca dirás aos teus mais íntimos. Algo que te consome, aquele silêncio que te corrói. E nunca o poderás dizer. Porque quando o fizeres, perderá todo o significado.

Todo esse silêncio, esse segredo, esse grito mudo que se entala na tua garganta, a sombra que te persegue, é nada mais que tudo aquilo que te define.

Por isso criamos, colocando a nossa vida numa metáfora constante. Seja um texto, seja um livro, uma melodia ou um poema. Criamos para dar voz, volume e alcance a tudo isto que precisa de ser dito, mas mais, de ser ouvido.

E porque devemos dar valor ao talento, dou hoje destaque a uma dessas vozes, a voz de Rafael Loureiro, ou, como se retratou na obra criada, Daimon DelMoona, o seu alter ego.

E, tal como o seu personagem, também o autor se batalhou, mas neste caso pela divulgação da triologia de romances fantásticos Nocturnus, que, após divulgação pela internet e pelo lançamento de uma limitada edição de autor, será a partir de agora distribuída numa livraria perto de vós pela Editorial Presença, a partir de dia 15 de Setembro, começando pelo "Memórias de um vampiro".

Sigam de perto as aventuras de um guerreiro vampírico, num livro cheio de acção e romance.

Podem seguir ainda mais de perto toda a obra e adjacentes pelo link apresentado no vosso lado direito.

Eu sou o Homem do Meio. Soltem a vossa sombra. Até um dia.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sunset, sunrise

"And now the night will throw its cover down on me again, and if I'm right, it's the only way to bring me back "
- Norah Jones - Sunrise

É feitio, esta sensibilidade e susceptibilidade às pequenas grandes coisas que nos são oferecidas. Cheguei a um ponto onde dou por mim a ir à procura de significados em coisas como um pôr ou nascer-do-sol. Talvez seja uma fase, ou talvez seja a minha própria vontade desenfreada de encontrar respostas, de me perceber. Talvez seja tempo. Talvez seja um ponto de viragem.

Quem sabe se não cheguei ao meu próprio nascer-do-sol.

Talvez seja tempo. Todas as inseguranças e dúvidas começam a dissipar-se, devagar, as verdades começam a mostrar-se, tímidas, e as conclusões começam a chegar, com este discernimento quase calculista, frio e egoísta.
Talvez seja tempo. De partir com a vontade de agradar a toda a gente menos a mim próprio. E a escolha, este "roda e bota fora" de merecedores do meu eu verdadeiro é simples. Simples como sozinhas e sem qualquer influência as pessoas acabam por se afastar. E prometo que não passo mais que umas horas de luto. Nunca mais.

E talvez seja tempo de mudar. Mudar a minha forma de ver as coisas, de encarar os meus dias. Mudar esta solidão que me conforta, e talvez no dia em que o pôr-do-sol voltar, não tenha de o enfrentar sozinho.

E por tudo isto, um blog de cara lavada.

Eu sou o Homem do Meio. Talvez seja tempo... Até um dia.

domingo, 23 de agosto de 2009

Preocupações

Depois de ter acabado de ler o livro "Tubo de Ensaio" (com textos da autoria do Bruno Nogueira e do João Quadros, parte de um programa matinal da TSF), que levantava uma problemática sobre geografias e coisas que tais, decidi investigar umas coisas.

Ora bem:
O Estoril Open? É no Estádio Nacional!
O Open Estoril de Golfe? Quinta da Marinha!
O Autódromo do Estoril? Alcabideche!

"Para o Estoril nada, nada, nada? TUDO!"

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Tardes de Agosto

Quando nos tornarmos egoístas ao ponto de acharmos que conseguimos desfrutar de tudo o que é bom, estando sozinhos, sem partilhar os momentos que nos deixam de boca aberta, então merecemos viver uma vida solitária.

Duas das minhas canções favoritas, num 2 em 1, pelos Maroon 5.



Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Notas

"(...)When I'm sewed up, Here comes another papercut. Now I'm stuck with a hand full of bandaids(...)"
- Gym Class Heroes - Papercuts

Posso dizer, com absoluta certeza, que guardo uma pilha de papéis junto a mim, desorganizada, amachucada, confusa pilha de papéis, tal e qual a cabeça do José Castelo Branco. Talvez seja exagero. Mas perceberam onde quero chegar.

Guardo papéis que envolveram as pastilhas que me tiram o stress;
Aquele pacotinho de açúcar da Nicola que todos os dias me diz: "Um dia danço contigo no meio da rua";
As revistas que me ajudam a escolher o automóvel que nunca vou ter;
Os cartões de aniversário de pessoas que gostaria de ter mantido ao meu lado;
Os bilhetes de cinema, de exposições e daquele fantástico Festival Académico;
Talões, cartões, cupões e aquela fantástica etiqueta do meu primeiro emprego;

Mas mais que tudo isso...
Guardo notas, post-its e pedaços de papel rasgados à pressa que protegem tudo aquilo que foi sentido mas que ficou por dizer.
Os pedaços de pergaminho onde escrevi as pragas que roguei a mim próprio.
As pautas onde cabem todas as músicas que me fazem abanar a cabeça e bater o pé.
As fotografias daqueles momentos que devia ter saboreado melhor.

Todos aqueles que ainda são o que foram e ainda não passaram a lixo ou papel reciclado, guardo-os num sítio especial, juntamente com aquele pedaço de Moleskine que diz "Escolhe o bom caminho e segue sempre", assinado por baixo.
Todos os outros guardo-os na segurança da minha cabeça.

Eu sou o Homem Do Meio. Atenção aos isqueiros, senhoras. Até um dia.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Remember That?

"...I can't always be waiting, waiting on you..."
- Jack Johnson - Sitting, Waiting, Wishing

Não me lembro há quanto tempo não ouvia isto. Lembrei-me agora que um dia depois da última vez já era tempo a mais. Não posso dizer que seja um grande fã...mas esta música...



No video fala-se no Ben Harper, não se vê, mas ouve-se! Ou pelo menos acho que sim.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia que não amanhã, senão vocês ficam mal habituados.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Encolher de Ombros

Parte 2:
Faço tudo o que posso para não ser igual, mas vou acabar por ser outra estirpe da mesma doença.

Até um dia.

domingo, 26 de julho de 2009

E foi assim...

...que tudo começou.
Crosby Loggins - Man In The Middle

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

sábado, 25 de julho de 2009

Encolher de Ombros

Parte 1:
Não interessa o quão bom és. Serás sempre a raiz quadrada do que deverias ser e metade do que as pessoas esperam que sejas.

(matematiquices, porque mais uma vez vamos de romaria ao politécnico em dia de exame para ver as paisagens...)

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Férias? Ham?

(Suspiro)

Pois é meus meninos, não sei o que é isso.

Dizem que o pessoal fica uns dias em casa, sem fazer nenhum, de papo para o ar, dormir até tarde, e de vez em quando mete o nariz de fora, talvez para o queimar com o sol da praia.
Mas quem?

Dizem que se vai para aqui e para ali, combinam-se coisas com os amigos, aproveitam-se os finais de tarde para mandar umas gargalhadas.
Onde?

No meio destas tretas que estes meninos inventam, ainda dizem que se descansa daquilo que se fez num semestre, vai-se para casa, de consciência tranquila, já que não se tem mais nada para fazer.

Eu só gostava de saber em que mundo é que vocês vivem, que no meu não há disso.

Pfff...

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia destes. (Férias, vejam bem...)

domingo, 19 de julho de 2009

Considerações...

Não interessa o bom que possas ser.
A generosidade, a simpatia ou até a inteligência tornam-se miragens.
Sentes-te como se passasses os dias a sonhar acordado, a viver a vida de alguém que não conheces.
Ficas chateado com aquilo que fazes, e amaldiçoas os passos que dás.
Anestesiado.
Podes ser tudo aquilo que o mundo precisa que sejas, e nem isso terá importância.

"Vive cada dia como se fosse o último. Arrisca. Atira-te de cabeça. Diz o que sentes."

Torna-se difícil quando tudo o que vês ao espelho é alguém que nunca deverias ter sido.
Mudar deixa de ser para seres aceite, ou para que gostem de ti. Passa a ser para que te conheças, e gostes de quem és.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

domingo, 12 de julho de 2009

Apetecia-me algo (mais)

"All the street lights say nevermind, nevermind
All the canyon lines say nevermind,
Sunset says we see this all the time, nevermind, never you mind"
- John Mayer - In Your Atmosphere

Sinto-me como uma criança, de pé, junto ao rio, com o seu barco de brincar nos braços, seguro como se alguém o quisesse levar.

Sei que posso continuar com ele nos braços e trabalhar nele, pintá-lo, colocar-lhe uma vela. Vê-lo de longe como o barco que nunca o foi.

Mas a minha vontade é colocá-lo na água. É lá que pertence. Tirar a prova dos nove quanto à minha capacidade de construir...barcos de brincar.

Então o que me preocupa? O rio.
O rio inconstante e perigoso. Num mund...rio ideal o barco ficaria. E eu ao pé dele. Mas não consigo deixar de pensar. E se ele é tudo aquilo que eu esperava que fosse, e flutua, de mãos dadas com a corrente, para longe? E se fico com nada mais que um vazio nos meus braços?

Tudo parece correr bem. Dos trabalhos aos estudos. Da família às amizades. Everything's right. Mas será que esta minha vontade de querer sempre mais não vai fazer com que este ri...mundo me leve esta embarca...vida para longe?

Sinto-me como uma criança com um barco fantástico nas mãos, com medo que o rio o leve.

Eu sou o Homem do Meio. Muitas metáforas para um dia só. Até um dia.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Subtilezas

(...)Sometimes, when we lose ourselves in fear and despair, in routine and constancy, in hopelessness and tragedy, we can thank God for Bavarian sugar cookies. And, fortunately, when there aren't any cookies, we can still find reassurance in a familiar hand on our skin, or a kind and loving gesture, or subtle encouragement, or a loving embrace, or an offer of comfort, not to mention hospital gurneys and nose plugs, an uneaten Danish, soft-spoken secrets, and Fender Stratocasters, and maybe the occasional piece of fiction. And we must remember that all these things, the nuances, the anomalies, the subtleties, which we assume only accessorize our days, are effective for a much larger and nobler cause. They are here to save our lives. I know the idea seems strange, but I also know that it just so happens to be true.(...)"
- Stranger Than Fiction, realizado por Mark Forster. Com Will Ferrell, Maggie Gyllenhaal e Emma Thompson nos principais papéis.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

No Meio de Tanto...

Não fugi, descansem.
Não telefonem para a polícia para me dar como desaparecido.
O Homem do Meio ainda por aqui anda.
Só tem andado no meio de outras coisas.

Entre estudos e exames, trabalhos e horas de sono (sim, porque o sono é sagrado), sobra muito pouco para dar a este espaço. Não que a vontade falte. Mas a inspiração, quando usada sob o efeito da fadiga, pode ser perigosa. Desastrosa. Vergonhosa.

Tem acontecido bastante.
Desde a greve dos docentes do politécnico e as pegas de caras no parlamento, no plano nacional, ao funeral do grande e polémico Rei da Pop, no plano internacional, temos muito que nos entretenha.

E como não podia deixar de ser, e muito devido ao meu amor pela música, é mais que obrigatório deixar uma homenagem a Michael Jackson, que durante anos nos encantou com a sua música. Deixo uma versão de Billie Jean, por Jason Mraz e Nikki(que sinceramente não conheço, mas tem uma voz muito especial).



Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Estas novas tecnologias sabem muito

Hoje fui acordado(como sempre) pelo meu telemóvel. Fui acordado com a sua pequena coluna a cantar a plenos pulmões "I found God...".

Pensei: "Sabes mesmo quem te dá a bateria. Lambe botas!"

De qualquer maneira, seria mais agradável ter como despertador uma voz feminina...
Aceitam-se sugestões.

Eu sou o Homem Do Meio. Até um dia.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Hoje choveu melancolia


"...life is not a fairytale. They should know that life is real..."
- Ayo - Life Is Real

A primeira coisa que ouvi hoje não foi o despertador, nem as vozes na minha própria casa. Foi a chuva a cair.
Porque no Verão também chove.

Nunca soube porquê, nem desde quando, mas gosto de andar à chuva. Sorrio. Um sorriso torto, como aqueles que seguem um encolher de ombros. Não porque é engraçado, ou porque sabe bem.

Bastam 20 minutos de chuva e perdem-se casas, o trabalho de uma vida ou um amor de sempre. E enquanto chove eu sorrio. Não me tomo por sádico. Só acho este sentimento de segurança, que a maioria de nós partilha, injusto e errado. É mais um sorriso de consentimento. Quando chove estou desprotegido. Deixo-me atingir. Não corro. Não fujo. Sigo o meu caminho. Lembro-me daquilo que perdi. Lembro-me da força que tive, que tenho. Lembro-me de dar importância às coisas pequenas, aquelas que tomamos como certas. É o choque da realidade que tão bem me faz. É o regressar a uma humildade perdida.

Eu sou o Homem do Meio.
Hoje foi o dia em que saí de casa com perfeita consciência de que estava a chover, e nem por isso levei o chapéu.
Até um dia.

sábado, 27 de junho de 2009

Aquilo que faltava

“…I’ll be the man in the middle darling, the man in the middle of the mess…”
- Crosby Loggins – Man In the Middle


A tua pergunta fez-me pensar. Bastante, até.

Acho que posso começar por dizer que a ideia de criar este espaço nem foi minha, partiu de um sentimento oblativo. Naquilo que eu espero ter sido uma reacção reflexa da minha humildade, duvidei. Do meu valor. Do interesse das minhas palavras. É óbvio que enquanto tudo isto decorria eu estava abraçado à minha música. Quis eu (não querendo culpar o destino, terei de culpar alguém) que o título da escolhida fosse “Man In The Middle”. E, claro, daí surgiu um nome.

Nome escolhido, meio caminho andado. Agora faltava ter vontade de escrever, ou, quem sabe, descobri-la. Ainda meio a medo, fui escrevendo um primeiro post. Escrever e apagar. Escrever e apagar. Até que tudo começou a fazer um certo sentido.

A verdade mais flagrante na minha vida é esta mediocridade. Esta vontade de nunca esperar de mais, nem nunca me esforçar de menos. Ser este derrotista com aspirações a vencedor. Ser o homem invisível que sonha com um reflexo ao espelho. O coração partido e silencioso que sonha com um romance. De qualquer forma não espero ser assim durante muito tempo. E este estranho contentamento é apenas uma faceta desta figura.

O Homem do Meio não sou eu. E ao mesmo tempo serei. É aquele que eu deveria ser. Ou que espero vir a ser. O equilíbrio perfeito mas cambaleante entre o altruísmo e o egoísmo. Estar entre os problemas e aqueles que os têm. Manter a distância enquanto estamos para dar o apoio necessário. Inspirar. Contagiar. Nenhum homem sozinho consegue mudar o mundo, mas é o que basta para começar.

O Homem do Meio é uma ideia. O Homem do Meio é uma máscara. De qualquer maneira…

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Clássicos do meio - Parte 2

"...you don't know what you've got till it's gone..."
- Couting Crows ft. Vanessa Carlton - Big Yellow Taxi

Palavras para quê? Uma das minhas favoritas...



Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

domingo, 21 de junho de 2009

Melodia iLda.

"I was a killer, was the best they'd ever seen
I'd take your heart before you ever heard a thing
I'm an assassin and I had a job to do
Little did I know that girl was an assassin, too..."
- John Mayer - http://www.johnmayer.com/battlestudies/

Música.
Sempre a mesma coisa.
Apaixonamo-nos a ouvi-la.
Usamo-la como vitamina, calmante ou antidepressivo.
É o nosso transporte até ao sonhar acordado.
A nossa própria e especial marca de whisky.
A melhor de todas as drogas.
Serve como desbloqueador de conversa.
A caixa de lápis de cera que usamos para pôr alguma cor nos nossos dias.
Mas é muito mais.
E neste momento o problema é dizer o que realmente é.
Não há palavras que, sozinhas, traduzam na totalidade aquilo que o seu portador quer transmitir. E daí vem a música. A mais completa das mensagens.
Eu próprio podia juntar a este post uma melodia, e talvez chegasse perto daquilo que quero fazer passar. Mas não sou lá grande músico. Nem grande nem pequeno, não sou.
Sou o espectador que nunca conseguiu ser o atleta. Estou a assistir do lado de fora.

O bichinho continua lá. E é a acompanhar artistas como John Mayer, com um grande talento, que a vontade cresce, de explorar mais, de transmitir mais, de criar mais. De ser mais.

Espero com muita ansiedade o lançamento do novo álbum, cuja gravação e criação podem acompanhar no seu blog, com o link cinco linhas acima.

Eu sou o Homem do Meio. (Solo de guitarra). Até um dia.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Eu tenho dois amores...

Que são:

1º - A mobilidade em Lisboa;
2º - O uso frequente da ironia;

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

domingo, 14 de junho de 2009

Driven...

I can be nobody,
Driving like I’m not even there,
Staring down yesterday,
Smiling like I don’t really care.

Or I can be everything,
Taking that road to someplace,
Talking to someone,
Distracted by a familiar face…

Everyday’s the same,
Same road, same speed,
Going places I don’t want,
Having feelings I don’t need

Have you ever felt driven,
By that life you live?
It’s like slipping in the snow
Living things I don’t know

Please, let me choose.
Between hard lived loneliness,
Or a bunch of shared memories,
I’ll take that exit to happiness.

If I ever have to be alone
With everything I can be
I have my place on the road
But please…

Eu sou o Homem do Meio. Vou-me fazer à estrada. Até um dia.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Clássicos do Meio

Não são precisas palavras quando uma música se explica assim tão bem.
Basta só dizer que esta música, entre outras do mesmo artista, têm feito parte da banda sonora do Meio. E que bela companhia têm sido.

Deixo-vos com Eagle Eye Cherry - Are You Still Having Fun.




Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Quase um ano...

"Ooooo babe,
Dont leave me now.
Dont say its the end of the road..."
- Pink Floyd - Don't Leave Me Now

Quem diria, que ainda estaríamos juntos. Que ainda serias minha. Que ainda farias parte da minha vida.
Talvez fosses mais feliz com outra pessoa. Com alguém que pudesse passar mais tempo contigo, que pudesse partilhar mais.
Eu sei que um dia isto vai acabar. Ambos seguiremos o nosso caminho. Mas enquanto isso não acontece queria que soubesses o quanto gosto de ti. Podes não ser a mais bonita e ágil, podes não vestir roupa brilhante e em bom estado, podes até ser preguiçosa. Mas estás do meu lado quando preciso de ti, e nunca me falhaste.
Um obrigado meu é pouco para agradecer o que tens feito, a importância que tens tido na minha vida.
Queria também pedir-te que pensasses nos momentos bons que temos tido, e que protegesses isso no tempo que ainda nos resta juntos, que pusesses um travão nos nossos problemas.

...E já agora, que comeces a consumir menos, que pares quando quero, e que deixes de espelhar o teu mau feitio na embraiagem. Não te fica bem ires a baixo nas minhas mãos.
Ah! Quando quiseres amuar por eu te tirar de casa num dia de chuva, faz de outra maneira que não seja o escorregares em direcção a uma carrinha. Para a próxima aleijas-te.

Espero que saibas o quanto te adoro.

Eu sou o Homem do Meio. Apanhei-vos não foi? Até um dia.

domingo, 7 de junho de 2009

Decisões

A wise man makes his own decisions, an ignorant man follows public opinion
- Ditado chinês

Dizem que o melhor esconderijo é aquele debaixo do nariz de quem procura. Aquilo que os ditados chineses fazem, tal como a sua filosofia, é colocar a descoberto as mais flagrantes das verdades. E é por isso que sempre fui um grande fã do pensamento deste povo. Da sua cultura. Conseguem colocar as coisas mais simples num plano cheio de beleza e raciocínios acutilantes.

Já falei várias vezes na procura pelo caminho certo, pelo "bom combate", pelo trilho justo. E posso dizer também que estes ditados funcionam como um mapa. Como um indicador que nos mostra a saída. Fazem-nos lembrar as pequenas coisas que esquecemos. Fazem-nos pensar, ver com a mente, quando as emoções nos cegam.

Tal como o ditado que escolhi como introdução para este post, a maioria deles fala, ou insinua, sobre a importância de tomarmos as rédeas da nossa vida. Tomarmos as nossas próprias decisões. Quem não o fizer agora, dificilmente deixará de andar pelas pegadas dos outros.

Não há nenhum destino sem ser aquele que nós fazemos.

Eu sou o Homem do Meio. lín bié zèng yán. Até um dia.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Os passos largos da vida

Tudo acontece tão rápido.
Com um piscar de olhos tudo se transforma.
Parece que foi ontem que te vi num dos palcos que tu tanto amas.
Parece que foi ontem que te vi a dançar.
Parece que foi ontem a nossa última briga.

Ainda não há uma hora te tinha dito que não sabia o que escrever. E tu sabes o quanto custa. É sempre neste bocado, só meu, onde me junto à minha música e aos pensamentos, aos balanços dos dias à medida que passam, à nostalgia, que me lembro do que realmente importa. E tu importas. Sempre importaste. Quer queiras quer não, isso faz parte da tua profissão. Ser importante para mim.

Porque tu entendes aquilo que eu preciso que alguém entenda. Porque já passaste pelo mesmo. Porque estás lá, mesmo quando eu não me lembro. Porque ainda me vais ver tão feliz como tu estás agora. E porque vais fazer parte disso.

Podem achar lamechas, despropositado, ou exagerado. Eu chamo necessário. Este espaço serve para eu dizer aquilo que precisa de ser dito, quando não consigo que a minha boca, os meus olhos ou as minhas acções o façam. E já estava na hora de teres um bocadinho só para ti.

Recebe isto como um elogio. Uma homenagem. Pode até mesmo ser a tua prenda de casamento. Posso não ter os fundos, mas tenho os meios, não é?

Para uma das minhas Mulheres do Meio, a minha irmã...

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

domingo, 31 de maio de 2009

Coisas do "Maio"

"With arms wide open, under the sunlight..."
- Creed - With Arms Wide Open

É bom ver que há coisas que mudam. É mau ver que há coisas que mudam. É indiferente ver que há coisas que mudam. Isto para dizer que tudo muda. Muda a realidade. Muda a nossa maneira de pensar. Muda a maneira de pensar dos outros. Tudo muda. Se não damos por isso, é porque mudámos juntamente com o que mudou. Se damos é porque a mudança é connosco incompatível, e mudámos noutro sentido.

As amizades mudam. Fortalecem-se, quebram-se, transformam-se. E quem diz amizades diz amores. E quem diz amores diz relações familiares. E quem diz relações…

Este mês foi aquele em que eu mais senti a mudança. De tudo. De todos. De mim próprio. Felizmente, para melhor. Não vou dizer aqui que estou mais positivo, porque não estou. Isso seria negar a realidade de tudo o que nos rodeia. Despreocupado. Essa sim é a palavra.

Alguém me disse um dia, em jeito de retórica: “Quando é para nós, tudo vale a pena, não é?”.
E essa foi uma das frases chave. Uma das frases do Meio. Não vou ficar à espera que a minha vida mude de acordo com padrões de outras pessoas. Quero mudá-la eu. E que se danem os problemas. Que se lixem os obstáculos. No fim vai valer a pena, não é?

Não baixem os braços, não se deitem, não esperem sentados. Levantem-se e façam com que tudo mude. À vossa maneira.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Até ao Verão, passo a passo.

Como um amigo que salta dos arbustos para nos pregar um valente susto, veio o calor. Lá assustar, não me assustou. Mas a verdade é que podia ter avisado, e eu preparava-me atempadamente para este crescendo de apatia e preguiça.

E é no meio de tanto calor que se cometem crimes. O pior deles é sair de casa, sair do fresco. Eu, como criminoso que se preze, cometi o meu. E como criminoso que se preze levei cúmplice. Crimes à parte, e fiascos também, ficámos com a conversa de almoço que tanto nos clareiam as ideias e a nossa ideia de nós próprios. Limpam as dúvidas e fazem fincar as nossas fracas certezas. Num dia como este, nada de mais produtivo se consegue fazer do que uma bela conversa.

Uma das coisas de que me lembrei é que este espaço precisava de um aroma a praia. Aquele da areia e água salgada. Um belo post de manga curta e calções de banho. O único problema era a distancia temporal da minha última visita, e a inerente amnésia das longínquas experiências sensoriais. E a verdade é que tinha saudades. Verdadeiras, sentidas e melancólicas saudades de todo aquele espectáculo. De andar na areia. De sentir o sol a queimar-me as costas. De sentir a corrente a puxar-me e empurrar-me. E tão simplesmente de olhar. Olhar a linha do horizonte. Olhar o céu limpo e a água de cor azul.

Há dias em que me esqueço do que gosto. Mas nunca me esqueço do quanto gosto.

Eu sou o Homem do Meio. Surf's Up! Até um dia.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Duas faces da mesma moeda

Está cientificamente provado (e se não está, devia estar!) que o Homem é o mais insaciável dos seres vivos. Embora a nossa situação esteja longe de ser a pior do mundo, estamos constantemente a queixar-nos! Apesar de sabermos que existem pessoas desempregadas, que existem pessoas sem dinheiro para comer, que existem pessoas doentes acamadas em hospitais sem condições, que existem pessoas a chorar a perda de outras pessoas...apesar disto tudo, continuamos a dizer que a nossa vida não presta, ou que “podia ser tão melhor se...”

Continuando um pouco a filosofia do que disse anteriormente, o truque é acabar com os futuros do pretérito do indicativo nas nossas vidas! Viver com o que temos e não desejar o que os outros têm! Viver momentos de alegria e sã vivência entre amigos e companheiros de viagem!

O que eu desejo é ver os meus “nearest and dearest” com um sorriso boémio no rosto sabendo que dei tudo de mim para contribuir para isso. Mas sei que nem sempre será possível, infelizmente...

Em busca de algum equilíbrio no meu espírito, tento agora deixar um pouco de parte o êxtase e o desvario de noites académicas para me focar nos dias académicos! Entre folhas, lápis e pixels visualmente nocivos, tento encontrar alguma coisa que me lembre constantemente do meu propósito aqui, para que este me guie e me ilumine um caminho de sucesso.

Das muitas vezes que ouvi a expressão “Epá não fazes nada na vida...”, hoje ouvi-a de uma maneira tão clara e objectiva que transformou um sorriso habituado e despreocupado numa seriedade dura e reflectiva. Senti os dentes rangerem, as sobrancelhas cerrarem e a testa franzir e num impulso violento e decidido, tomei iniciativa, criei motivação, escolhi o que quero...e quero que não acabe sem estar acabado! Vou lutar por aquilo que quero e que é suposto ser e ter! Fica aqui registado em tom de promessa.

Aos que estão comigo peço que continuem, aos que estão contra mim peço que se juntem aos que estão comigo. Facilitem o meu caminho como eu facilitarei o vosso!

Eu sou o Homem ao lado do Meio. Voltei ao ataque! Até um dia.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Crónicas do Meio

"...
Muda o teu mundo
que eu mudei o meu
..."
- Da Weasel - Mundos Mudos

No meio de saltos e encontrões.
No meio de cantorias e berros.
No meio de gargalhadas e verborreias.
Passei a noite com um sorriso nos lábios, trazido pelos ventos da mudança que se fazem sentir. Fiz a festa com uns quantos. Fizemos, em jeito de comemoração.

Cheguei a pensar, a duvidar se valia a pena ser verdadeiro comigo. Com os outros. Se valia a pena seguir este caminho, o que eu espero que seja o certo, o bom. Cheguei a pensar se não devia baixar os braços, desistir. E ainda bem que desisti disso.

Demorou, mas agora tenho a recompensa. São as surpreendentes palavras de apreço. As surpresas de um dia-a-dia. Se o dia de ontem serviu para algo, foi para marcar um novo começo. Um novo capítulo. E a todos os que lá estiveram agradeço. Porque são vocês que me mostram o caminho certo. Talvez um dia consiga retribuir.

Eu sou o Homem do Meio. E venham mais. Até um dia.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Qualquer Coisa Sobre Coisas...

As coisas más parecem vir todas de uma vez.
Parece-me bem.
Assim, as coisas boas, não tendo outra companhia, terão de vir todas juntas.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Inspira, Expira...

"Life is not about how many breaths you take...it's about how many moments take your breath away"
- Dito pela personagem interpretada por Will Smith, Hitch, no filme com o mesmo nome.

Aquilo que realmente nos magoa é quando o nosso caminho nos leva a lado nenhum senão para baixo. É quando nos sentimos cada vez pior quando, ao mesmo tempo, nos esforçamos cada vez mais. É o querer vencer quando as forças nos faltam.

O melhor? Há quem diga que é o estar no topo.
Ainda hoje o ouvi. E a única coisa que fiz foi sorrir.
Talvez tenha as noções erradas, mas, para mim, a simples percepção de topo é efémera. E como poderia não o ser quando esse estado não contempla espaço para a evolução, para a descoberta. Para mim? Para mim quero uma escada. Um caminho que possa seguir, sempre para cima, para melhor. Mas apenas aquele que não tenha fim. Haverá percalços? Sim. E o caminho não será feito apenas para cima. Mas prefiro mil vezes uma vida de altos e baixos do que saber que dela não posso esperar mais.

Vou esperar pelos momentos que me fazem suster a respiração, ao mesmo tempo que me fazem subir por este caminho. Mas melhor é fazer com que isso aconteça a outros. É para isso que se vive. Ser especial, ser diferente e único.

Eu sou o Homem Do Meio. Eu respiro tudo isto. Até um dia.

domingo, 17 de maio de 2009

Economia do meio e os mortais encarpados da reviravolta

Como foi dito anteriormente, talvez não pelas mesmas palavras, o Homem do Meio tenta viver a vida sem remorsos.
Problema?
A conjuntura emocional e a taxa de insucesso inerente a qualquer objectivo proposto.
A deflacção da paciência e o crescimento negativo da motivação.
O spread que toda a gente parece aplicar à minha pessoa.
Sim meus amigos, também o Homem Do Meio vive em crise.

Mas eis que os investidores se mostram novamente interessados, e a 'Bolsa do Meio' volta a fechar em alta. Talvez pelo terceiro dia consecutivo. E as previsões são para que assim continue.

Numa época em que o meu vigésimo primeiro aniversário se aproxima, parece-me que isto vai mudar. Os últimos dias têm sido surpreendentes. Uma surpresa. Um jantar fabuloso. E boa disposição a rodos. São as pequenas coisas que fazem uma vida medíocre como esta dar uma pirueta com duplo mortal para ficar virada numa direcção completamente nova.

A todos os que me têm dado um empurrão, um obrigado.
Ao senhor que agora me acompanha nisto das escrituras, um muito obrigado.
Fechar os olhos, respirar fundo, agarrar na trouxa e fazer-me ao caminho, que o Homem do Meio têm muito para andar.

Eu sou o Homem do Meio. Podem encontrar-me no sítio do costume, com o sorriso do costume. Até um dia.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Por um mundo melhor!

“'cause if you're not really here/then the stars don't even matter (…) 'cause if you're not really here/then I don't want to be either/I wanna be next to you” – Sam Sparro – Black and Gold

Se há pessoas que nascem a fazer perguntas…eu, definitivamente, sou uma delas! E a das que mais me tem consumido muitas horas de pensamento é: “Porque é que as pessoas se fecham dentro das suas próprias “carapaças” e não se deixam absorver pelo mundo, pelos sentimentos?”
Será com medo? De quê? Será que pensam que se podem magoar de forma irreversível?

Pois eu acho que não! E sou da opinião que, muito provavelmente, o mundo está como está porque as pessoas ao longo do tempo cada vez se privam mais de coisas como amor ou felicidade! Mas ainda me intriga mais o facto de parecerem conseguir escolher quais os sentimentos que deixam passar pelas tais “carapaças”...mas são o rancor, o mau feitio, o pessimismo! Há coisas que não consigo compreender e só posso perguntar porquê, bem ao estilo da maioria das crianças nos seus 4 anos de idade!

Talvez se as pessoas se deixassem apaixonar mais...talvez se enchessem mais vezes o peito de ar e ganhassem coragem para dizer aquilo que sentem às pessoas que o merecem sem medo de ouvirem uma negação...talvez se reagissem às dificuldades com um sorriso e um “podia ser pior!”...talvez as coisas fossem diferentes! Quem sabe se alguma vez haveriam crises ou guerras construídas sobre mentiras!

Tenho a certeza que poderíamos ter um mundo melhor, porque eu encontrei-o! Encontrei um mundo proporcionado por um qualquer devaneio do destino que me fez tomar a decisão certa no momento certo e que agora me faz olhar para trás e sorrir! Sorrir a olhar para trás, sorrir a olhar para o que vivo todos os dias e sorrir a olhar para o futuro que sei que posso construir nesse mundo! No momento certo, decidi abrir a minha “carapaça” e deixar entrar aquela brisa revitalizante! Não foi tudo cor-de-rosa, tive de lutar por aquilo que queria...mas se valeu a pena, é com certeza uma pergunta que nunca farei, pois tenho a resposta todos os dias!

Agora, deixem-se de mariquices e façam-se à vida! E lembrem-se que o não está sempre garantido!

Eu sou o Homem ao lado do Meio. Estou apaixonado! Até um dia.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Meteorologia e outros palavrões...

Depois de me levantar e olhar pela janela, emiti um som parecido com "...asssss", com mais uma ou duas letras no início, coisa pouca, que pela manhã o meu vocabulário está reduzido. Depois de uns quantos dias M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O-S, de tão quentinhos e ensolarados, algum dos caramelos lá de cima se lembrou "ora vamos lá molhar um bocadinho as coisas".

Estou aborrecido, bastante até, porque embora saiba nadar, não gosto que a água que me molha venha por cima, excepto no chuveiro. E muito menos gosto de andar de chapéu de chuva, mas as circunstâncias assim o exigiam. Sim, porque se eu quiser ficar com a roupinha molhada, faço-o em casa, no chuveiro, e sempre me poupo a alguma humilhação em praça pública.

De qualquer maneira, dou o braço a torcer quanto à utilidade deste dilúvio. Havia ânimos em Setúbal a precisar de refrigeração. Os nossos amigos suínos estavam a precisar de uma higiene mais cuidada (sim, porque se os ensinassem a lavar as mãos não havia essa coisa da gripe suína). E, claro, enquanto se fala dos passeios que os nossos caros políticos cancelaram devido à pluviosidade, esquece-se o crescente abuso ao nível do preço dos combustíveis.

É tudo muito giro, mas quem se lixa sou eu! Malditos!
Um dia ainda compro um microclima só para mim!

Eu sou o Homem do Meio. Tenho os pés gelados. Até um dia.

domingo, 10 de maio de 2009

Coisas da vida...

"Hoje é uma dádiva...é por isso que se chama Presente!"
Boss AC – Estou vivo

...e não é preciso pensarmos muito para chegarmos a esta conclusão!
Aconteça o que acontecer teremos sempre de dar graças por mais um dia que nos dão
hipótese de viver, e tentar tirar o máximo partido dele. Tirar conclusões das experiências...mesmo das más! Pois tudo o que fazemos ou que acontece serve para nos ensinar alguma coisa. Nem que seja para sabermos que é mau e assim não o repetiremos!

Não sou "ninguém" para dizer ou ensinar como se deve ou não fazer as coisas...mas da minha tenra experiência de vida consigo apenas tirar uma conclusão significativa: Não importa o que os outros fazem! São as nossas acções que nos afectam! Por isso, o melhor remédio é viver a vida de forma a tirar o que de melhor ela tem.

Por essa mesma razão decidi juntar-me a este grande senhor! E com ele tentar desvendar as melhores estratégias para que não só os que nos acompanham saibam viver, mas também nós próprios!

E seguindo um pouco a “killer sign off phrase” já característica deste espaço:
Eu sou o Homem ao lado do Meio. Eu vivo! Até um dia.

Nenhum homem caminha sozinho...nem mesmo o do meio.

sábado, 9 de maio de 2009

Tocar mais fundo...

Sempre fui muito de emoções fortes. Procuro por isso nas coisas pequenas, nos pormenores, nos gestos mais simples. A verdade, pura e dura, é que sou viciado naquele apertozinho no estômago que alguns filmes nos dão no final, ou naquele sorriso que aparece depois de termos fechado os olhos, rendidos a uma única música.
Hoje, e completamente por acaso, encontrei uma dessas músicas. Como seria de esperar, não ia deixar de partilhar.

Senhoras e senhores,
John Legend e Stevie Wonder - Ordinary People


Eu sou o Homem do Meio. Eu tenho um sorriso. Até um dia.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Conclusões

"...you've been the song playing on the background..."
- The Fray - Say When

Não tenho muito jeito para isto. Para estes joguinhos. Para coisas que não percebo. Para este 'vai que não vai', ou este 'quase que era'. Gostava de poder dizer directamente e em pessoa aquilo que penso, que sinto, e sofrer as consequências, sem demora, sem último pedido de um condenado, sem uma última vontade de um moribundo.

De todas as líricas sofridas que preenchem os meus dias, tira-se uma conclusão comum. Se fosse fácil, não teria significado. Se fosse directo, não haveria magia. Se fosse simples, não haveria esforço. E os melhores momentos perder-se-iam. Começo a achar, que se realmente tem de ser assim, no final vai valer a pena.

O sol já voltou, e com força. Chega de esperar por quem não lhe dá o devido valor.

Eu sou o Homem do Meio. Quero é praia. Até um dia.

sábado, 2 de maio de 2009

Lugares

Imaginem:

Fecharem os olhos e não conseguirem ouvir nada sem ser água a correr por entre as pedras e as folhas das árvores a sussurrarem.

Deixarem os braços cair ao longo do corpo e sentirem nada mais que uma gentil brisa.

Permitirem que mesmo no pior dos vossos dias apareça um sorriso, como que a dizer que tudo vai melhorar.

E ao abrirem os olhos vão ver quão maravilhosa a natureza pode ser. Vão sentir o quão pequenos somos quando comparados com a grandeza de tal paisagem. O pôr-do-sol ilumina a rocha nua ao fim da tarde, ao mesmo tempo que se reflecte na água.

É tudo tão natural, tão intocável. É lá quem o Homem do Meio se deixa absorver, comover, maravilhar.
É lá que os nossos pensamentos são tão claros como a água. As nossas conclusões tão velozes como o vento. As nossas certezas tão certas como cada folha presa a cada árvore.

Aquela pode não ser a minha casa. Mas de certeza que o meu Homem do Meio nasceu lá. Em cada gota de água. Em cada pedra. Em cada flor. Em cada grão de areia do rio. Tudo nos impele a sermos mais e melhor. E é por isso que eu gosto de lá voltar. É por isso que me sinto em casa quando lá estou. Parte de mim está mesmo.

Muito de bom já lá se passou. Algumas coisas más. Muitas decisões foram tomadas. Não sei o que o futuro me reserva. Mas sei que passa por lá.

Eu sou o Homem do Meio. Eu tenho o meu retiro. Até um dia.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sabedoria do Meio

"Se queres dançar, convida uma pessoa.
Se queres que te pisem os pés, convida duas."

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

domingo, 26 de abril de 2009

Aquilo que não interessa nem ao Saramago

As nossas vidas podem ser comparadas a um livro sem qualquer tipo de pontuação. Como a mim me custa a acreditar que o livro esteja escrito, vou escrevendo ao mesmo tempo que pontuo. Mas como em tudo, nem sempre seguimos o caminho que devíamos. Ou o caminho que devemos seguir não é o mais proveitoso para nós.

E portanto somos que nem Saramagos quando colocamos os nossos pontos e vírgulas meio por acaso, meio por necessidade. Quantas vezes nos metem à frente um ponto final? Quantas vezes andamos com pontos de interrogação às costas? Eu passo o meu tempo a colocar as vírgulas onde tenho reticências, pontos de exclamação onde existiam interrogações. E, quem sabe, muito a custo, meto alguns pontos finais quando o que eu mais desejava era que por lá ficassem as reticências, que nada acabasse com a frieza do assassínio cometido pela delimitação de uma frase. Detesto finais. Detesto despedidas.

Este fim-de-semana fiz uma loucura, e posso dizer que saltei algumas das minhas páginas em branco para escrever um parágrafo. Porque é isso que todos nós fazemos. Procuramos sobreviver no dia-a-dia para conseguirmos mudar de parágrafo, mudar de vida. Mudar. E talvez consigamos escrever outro. E mais outro.

O meu livro anseia por uma mudança. Por uma mudança de parágrafo. Quem sabe por uma mudança de capítulo. Por agora fico pelas páginas frias do início, onde a personagem principal procura o seu lugar. Procuro escrever para chegar ao parágrafo que escrevi nos últimos dias, e assim obter a linearidade de um romance.

Não temo em deixar nada para trás. Temo sim não ter estrada por onde caminhar. É bom voltar a ter um destino. Se o caminho será difícil ou não, a pontuação o dirá.

Eu sou o Homem Do Meio. A caneta está deste lado. Até um dia.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Código de conduta - Fist Bump (continuação)

De certo que já aconteceu, aos mais entusiastas dos cumprimentos alternativos, usar um High Five numa situação onde algo mais discreto e mais silencioso seria aconselhável. Onde os gestos já transcendem as palavras, e o High Five simplesmente não chega, nem mesmo o mais espalhafatoso. Para tudo isso e mais um carrinho de mão cheio de palha, surge o Fist Bump (Choque de Punhos)! (Ver ilustração no post anterior)

Diferencia-se do anterior por ser um cumprimento especial, diria mesmo de elite, onde dois caramelos(dos bons!) armados em pintas(coloridas!) se congratulam. Serve para todos os propósitos do High Five, mas num nível mais apurado, mais íntimo. O cumprimento dos Deuses. O toque de irmãos. O choque entre dois mundos.

Para evitar a possível confusão entre esta felicitação e as suas variantes usadas pelos ditos "mitras", ficam aqui algumas das aprovadas pelo CUACEC (Comissão para o Uso e Aprovação de Cumprimentos Especiais de Corrida):
- Fist Lock (Fist Bump, seguido de rotação de 90º no sentido dos ponteiros do relógio);
- Mime Fist Lock (Fist Bump, seguido de rotação de 90º no sentido da rotação do segundo interveniente. Bom para pregar uma partidinha. Provoca a repetição compulsiva do cumprimento e risada);
- One Handed Fist Lock (Fist Lock, executado apenas por um dos intervenientes);
- Car Crash Fist Bump (Fist Bump, com contacto apenas em metade do punho. Após contacto, abrir a mão, como em deformação do punho cerrado. Bonito quando usado num grupo restrito. Utilizar com moderação);
- Car Crash Into Truck Fist Bump (Car Crash Fist Bump, executado por apenas um interveniente. Utilizado maioritariamente por acidente, principalmente quando o outro caramelo não está à espera. HEHE);
- Fist Bump To Elbow Bump (o nome diz tudo não?);



Uma adição ao já usado High Five, é que o Fist Bump pode ser usado em qualquer ângulo. De lado, por baixo, atrás, em colherzinha ou até mesmo wireless.

IMPORTANTE!
A execução destes movimentos requer cautela e alguma contenção. O não cumprimento das regras de segurança poderá levar a dedos partidos ou olhos negros.

INFORMAÇÃO LEGAL
No estudo dos cumprimentos anteriormente descritos não se magoaram quaisquer animais, palmas das mãos ou punhos. Todos os intervenientes utilizaram as protecções citadas na lei, tais como cinto de segurança, capacete ou preservativo (pelo menos em alguma altura das suas vidas). Não se toma responsabilidade por quaisquer danos morais ou físicos, advindos do uso irresponsável destes movimentos.

Eu sou o Homem do Meio. SELF FIVE? NOT COOL!!! Até um dia

terça-feira, 21 de abril de 2009

Código de conduta - High Fives!

Nunca é demais usar das boas maneiras e da etiqueta, já dizia a Paula Bobone. E eu agradavelmente subscrevo. Só esta parte. Essa senhora padece de um caso grave de verborreia. Mas enfim, antes isso que andar nos escuteiros.
Todos nós temos a capacidade inata de estender o braço no ar, de mão aberta, de festejo impresso na cara enquanto dizemos "Oh ye!" ou talvez um mais explicito "High Five" com um sotaque digno da personagem Borat. Mas não é isso que nos torna especiais. Oh não! É sim a capacidade de ao fazermos este gesto, contagiarmos a outra pessoa de maneira a que ela faça o mesmo, e bata na nossa mão aberta. É útil, muito mesmo. É muito melhor que dizer à outra pessoa "bom trabalho" ou "estiveste bem". Porquê usar palavras quando as nossas acções dizem tudo, e muito melhor?



O problema é que nem sempre podemos erguer os nossos braços e fazer um serviço de volei na mão da outra pessoa. Dá muito nas vistas. Ou se calhar é muito barulhento. Ou se calhar não chega. Ou, quem sabe, já foi usado anteriormente. Ou talvez já esteja muito visto.
E por isso temos as variantes:
- Low Five (estendemos a mão com a palma virada para cima e esperamos que a outra pessoa bata nela);
- Stealth Low Five (igual ao anterior, mas de uma maneira mais discreta, com a mão mais baixa. Acompanha-se com olhares para os lados, de maneira a não levantar quaisquer suspeitas);
- Dual Handed High Five (mais espalhafatoso. Em vez de uma só serão ambas as extremidades dos membros superiores a tocarem-se de modo completamente louco (WUUHUU!!). Recomenda-se o uso em casos onde um simples High Five não chega.)
- Dual Handed Dual Low Five (igual ao anterior, mas com as mãos em posição de Low Five (ver acima). Após receber o "toque", esperar a inversão das mãos do segundo interveniente, para desta sermos nós a "bater a palma");
- High Five to Inverted High Five (High Five básico, seguido da rotação do braço, em frente e para baixo, sempre esticado, para tocar de novo na mão do segundo interveniente, desta vez ao nível da coxa, estando quase de costas para o mesmo. Recomenda-se algum treino);

Pede-se a utilização mais variada possível, de modo a fazer jus à espectacularidade deste cumprimento.

IMPORTANTE!
Não se deverá deixar o receptor de braço estendido, sem corresponder. De qualquer forma, reserva-se o direito de não o fazer, caso o receptor não o mereça. Ou apenas por maldade.

IMPORTANTE!
Caso seja solicitado, o High Five deverá ser correspondido com vontade, motivação e sentimento. Usem e abusem do balanço. Pode doer, mas é por uma boa causa.

A figura acima ilustra o Fist Bump. Utilização, variantes e nível de espectacularidade num próximo post.

Eu sou o Homem do Meio. HIGH FIVE!. Até um dia.

sábado, 18 de abril de 2009

Fink it up!

Já corrigi esta primeira linha umas 4 vezes. Se isso não ilustra a minha falta de inspiração então não sei. E isso só ajuda esta tortura amordaçada que têm sido os últimos dias.
Muita reflexão, muita revolta, muito balanço, muitas folhas escritas para serem rasgadas do bloco onde pertencem e atiradas para o lixo.
Tudo isto me deixa cada vez mais exausto.

Solução? Nenhuma!
Prescrição? Música! Mas há um problema...

Das centenas de músicas que inundam o meu companheiro de viagens, não me parece haver nada que me ajude. E é aí que começa a minha procura, que nem Indiana Jones em busca da arca perdida.
E no meio de tanta coisa encontrei um antigo companheiro(de viagens pois claro!) que já me ajudou bastante. Deixo aqui uma amostra.



...mas não chega.
De qualquer maneira, o caminho foi traçado. Se tem de ser assim, que o seja. Eu aguento. Já o faço há muito. E estou a ficar bom nisto.

Eu sou o Homem do Meio. Há algum tempo que só ouço os meus próprios passos. Até um dia.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Com que então...

Alto e pára o baile! Foram descobertos os verdadeiros culpados do estado de crise em que vivemos! E não, não é o Sócrates. O José Castelo Branco faz muita porcaria, mas isto não é trabalho de meninas. Vi isto hoje à hora do almoço num telejornal, e passo a explicar:

Temos um casal, a quem vamos chamar Zé do Meio e Maria Entre-os-Coisos.
O Zé trabalha numa fábrica de automóveis.
A Maria é empregada de balcão.
Não têm filhos, muito por causa da falta de jeito do Zé com o seu Zé.
Adiante.
Levam para casa, todos os meses, 1300€.
O mesmo que no ano passado, já que não houve aumentos para ninguem.
Excepto para o patrão.
E para o filho do patrão.
Como não há aumentos, o televisor novo que há muito é cobiçado, fica na loja.
Tal como estes dois caramelos, há por aí muitos mais. E por isso, as vendas de televisores e electrodomésticos descem. A pique.
O dono da loja de electrodomésticos é obrigado a descer os preços.
Com eles desce o lucro.
E o senhor dono da loja de electrodomésticos deixa de ir almoçar fora, e começa a levar o almoço na marmita (por marmita quero dizer um saco ou cesta, badalhocos).
Tal como este merzápio de uma figa, há mais uns quantos que começam a levar na marmita, e por isso os restaurantes começam a ter menos clientes.
O senhor dono do restaurante, armado em menina, e em vez de ir buscar o senhor dos electrodomésticos por uma orelha, começa a baixar os preços e a fazer promoções, do género "coma bifes com natas e ganhe uma congestão grátis" ou "na compra de uma sopa oferecemos a mosca", etc, etc.
Ora como o lucro deste menino Jesus da Baixa da Banheira desce, o carrinho novo que estava a ser mirado há uns mesitos fica no stand. Ah pois é!
E tal como este Callipo de Fralda Suja, há mais uns que começam a andar de comboio, metro, autocarro, penantes, etc. E vendem-se menos carros.
Como se vendem menos carros, a fábrica é obrigada a cortar na produção, e, como é de esperar, no pessoal.
O Zé é despedido.

Moral da história: Se o Zé e os restantes Egas e Becas deste país deixassem de se armar em mariquinhas, e comprassem televisões, leitores de DVD, carros novos, computadores e etc's, em vez de leitinhos e arrozinhos, estávamos nós bem!

Eu sou o Homem do Meio. Comunicação Social? Hospício com eles. Até um dia.

sábado, 11 de abril de 2009

Leis do Pessimismo - Parte 2

Todos os dias acontecem coisas que nos deixam a pensar na razão da sua origem. As Leis do Pessimismo (baptizadas assim por mim) ajudam a explicar, melhor ou pior, muitas dessas coisas. Hoje resolvi partilhar duas delas, a Navalha de Hanlon e o Princípio de Peter.

A Navalha de Hanlon pode ser enunciada como:
"Nunca atribua à malícia aquilo que pode ser adequadamente explicado pela estupidez"

Explica-se sozinha. De certo que já aconteceu cruzarem-se com alguém desagradável. A primeira palavra que vem à cabeça é logo "estúpido(a)", na melhor das hipóteses, claro. De certo que não será "ele(a) foi mau/má para mim". Talvez um "armou-se em parvo", ou, quiçá, "merecia que lhe partisse uma cadeira nas costas"...adiante!

O Princípio de Peter é familiar nos tempos que correm. Enuncia-se da seguinte forma:
"Num sistema hierárquico, todos os funcionários tendem a ser promovidos até ao seu nível de incompetência"

Por estranho que pareça, temos, esporadicamente, uma sala cheia de alguns exemplos vivos desta lei. Mas não vou dizer. Fica para vocês pensarem. Vá, posso dar uma pista. A palavra começa por "M" e acaba em "inistros". Adivinharam?

Eu gostaria de enunciar também uma lei. Será chamada por "Lei Do Meio" e dirá:
Num qualquer círculo social, serão sempre privilegiados os muito bons ou os muito maus. Os altamente medíocres passarão despercebidos."

Isso faz do Homem do Meio um "homem invisível". Dá jeito. De vez em quando. Menos nas casas de banho. Torna-se chato.

Eu sou o Homem Do Meio. Diz que já enuncia leis e tal. Até um dia.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Ecos numa sala cheia...

Antigamente eram poucos os dias maus.
Antigamente achava que tudo estava bem.
Antigamente não me sentia melhor junto de quem não conheço.

Agora passo os dias a pensar numa vida que não é a minha, quando costumava pensar só no dia seguinte.

Dei por mim a querer estar sozinho.
Dei por mim a sorrir por obrigação.
Dei por mim a querer demorar a chegar.

E com tudo isto acabo por mostrar alguém que não sou eu. Corro o risco de me tornar alguém de quem nem eu gosto. E é tudo o que eu tenho para dar.

Eu sou o Homem do Meio. Até um dia.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Leis do Pessimismo

Como estudante de Engenharia Informática e de Computadores, tenho o privilégio de presenciar fenómenos a atirar para o parvo em quantidades astronómicas, que em mais nenhum curso existem. Será que um aluno de medicina alguma vez ouviu um professor dizer:
"...tira lá isto daqui que não faz falta nenhuma"

Ou quiçá um aluno de enfermagem ouviu qualquer coisa do género:
"...pega nessa ponta de prova e experimenta isso..."

...etc, etc.

Das várias que presenciamos, uma ocorre amiúde. Caracteriza-se da seguinte forma:
(1) Dúvida do aluno (geralmente num trabalho prático);
(2) Sorriso malévolo do docente;
(3) Citação da famosa Lei de Murphy;

E eis que muitos perguntarão: "O que é isso da lei de Murpy?"
Lê-se Murffffffii, e foi primeiramente enunciada pelo engenheiro aeroespacial norte-americano Edward Murphy (Sim, eu uso a Wikipédia), e diz:
"Se há mais de uma maneira de se executar uma tarefa ou trabalho, e se uma dessas maneiras resulta em catástrofe ou em consequências indesejáveis, essa será certamente a maneira escolhida por alguém para executá-la"


Poderão identificar a sua ocorrência à distância, ao ouvirem um indivíduo a gritar qualquer coisa começada por F e terminada em "da-se".

Eu sou o Homem do Meio. Eu sinto o senhor Edward a pairar por aqui. Até um dia, se a Lei de Murphy não começar a embirrar para estes lados.

domingo, 5 de abril de 2009

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Nada melhor que andar de...

...mp3! Sim, eu uso esse aparelho magnífico como meio de transporte.

Seja de carro, de barco, de comboio, de metro, de bicicleta, às cavalitas, arrastado ou pelo meu próprio pé, faço questão de ouvir mais que o arrastar do metal por uns quantos carris, ou de ouvir o meu meio de transporte a dizer que sou pesado. Faço questão de criar uma espécie de simbiose entre aquilo que me move, o meu mp3 e eu. Talvez seja uma simbiose modificada, baptizada já aqui e agora por "Simbiose do Meio", onde o único que sai beneficiado...sou eu.

Mas a verdade é que a música ocupa um lugar importante na minha vida. Cura a tristeza, acalma a ansiedade, ajuda a adormecer, a clarificar ideias, a pensar, a sonhar acordado, aproxima as pessoas, serve como presente, ajuda a levantar a moral a um amigo, e, mais importante, diz tudo aquilo que sentimos quando as palavras não chegam para o exprimir.

(IMPORTANTE: A música proveniente de autores duvidosos, tal como José Castelo Branco, pode provocar efeitos contrários ao esperado. Provoca masoquismo, espancamentos públicos, doenças infecciosas e mergulho em apneia com sapatinhos de cimento. Em caso de dúvida consulte um vendedor ou o site de downloads (LEGAIS...pois claro!) mais próximo.)

Eu sou o homem do meio. Eu troquei as farmácias, a Maya, os chocolates, o álcool e as marretas por um Mp3. Façam o mesmo. Até um dia.

terça-feira, 31 de março de 2009

Ambiguidade Conformista

"...you have some kind of nerve, taking all I want..."

"O Homem Do Meio conformou-se!" - Gritavam as primeiras páginas dos jornais.
E por algum tempo esse fui eu, Homem "Conformado" do Meio. Mas, nos dias que correm, não sou nada mais que uma intermitência de conformismo. Tudo depende da minha fase de disposição. De como me sinto. E ultimamente tem sido difícil envergar o meu escudo de Aquiles...

De qualquer maneira, conformado ou não, serei sempre o "meio termo". O medo assim me fez. Assim me tornou.

Não consigo viver na ponta da vida. Não consigo arriscar...

Não arrisco demasiado, porque se sair derrotado, a desilusão será menor. Mas arrisco, pouco que seja, para não me arrepender mais tarde de não ter tentado. E assim continuarei, não porque o resultado tem sido bom, mas porque o receio não me permite mais.

O que poderia fazer? Lutar contra mim próprio. Superar o medo. Agarrar oportunidades. Fazer a minha própria sorte. Apostar mais. Arriscar mais. Ser feliz e seguro de quem sou e daquilo que faço.

Não é fácil, mas também não será impossível. Não caminho sozinho. O tempo ensinou-me a procurar pelos melhores companheiros possíveis. E a todos agradeço...

...a todos. A ti também...e a ti...tu, aí, sim...aí atrás, o homem de vestido, tu também, mas não te habitues...e a ti, vá...e a ela, pela sinceridade, talento e definitivamente pela amizade, ainda tenra, mas muito apreciada.

Eu sou o Homem Do Meio. Conformei-me e arrependi-me. Até um dia

Tudo aquilo que o José Castelo Branco fez bem...

(som de mosca a voar num vazio imenso...)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Cinema Medíocre? Nada disso. Seven Pounds

"In seven days, God created the world. In seven seconds, I shatered mine..."

De todos os filmes que já me tocaram, este tocou-me bem cá dentro. E eu percebo. A ideia é nobre. O propósito digno.

Como consegue alguém viver, com a morte de 7 pessoas aos seus ombros? Que crueldade é esta que poupa aquele que é a causa de um acontecimento trágico, e o deixa viver com este peso? Eu não suportaria. Nem ele o fez. O ter sobrevivido nada mais foi do que uma segunda oportunidade de reequilibrar o mundo, para reparar todo o estrago causado. Ficar agradecido foi a única coisa que não lhe passou pela cabeça.

Ajudar 7 estranhos a mudar de vida. Alterar drasticamente as suas circunstâncias. Despedir-se de tudo aquilo que é seu, para o usar e cumprir o seu plano. Terminar com o inevitável. Terminar com o fim que deveria ter sido o seu ao princípio.

A todos aqueles que ainda não o viram, por favor façam-no.
É daqueles filmes onde o sentimento altruísta é de tal modo forte, que inspira.

Seven Pounds
Realizador: Gabriele Muccino
Com: Will Smith, Rosario Dawson, etc

Eu sou o homem do meio. Eu fui inspirado. Até um dia

quinta-feira, 26 de março de 2009

You, someone...

Hoje a força de vontade foi mais forte que a falta de imaginação...

Please tell me who you are
Let me know what you feel
Let me dream about us
I'll try my best to make it real

I know there's someone
To keep me up at night
To make me smile for a week
To show me love's might

You'll stand out in the dark
And, as apart as we can be,
no matter where we are,
You'll be the only voice to me

I want someone to go home to
Someone to talk to me without words
To lift me up with a single smile
To kill every shred of sadness with a kiss

Anyway, maybe it's not the time, the place, the me...
I'll wait for you, for someone...

Eu sou o homem do meio. Eu espero. Até um dia

segunda-feira, 23 de março de 2009

The Game of Love

É daqueles jogos que toda a gente gostaria de saber jogar...
É um tipo de Poker, onde se tiram as cartas e se joga só com bluff.
É um tipo de Pictionary, mas sem os desenhos.
É muito parecido com um Monopólio...mas despido de qualquer peça que o identifique.
Algumas parecenças com o Trivial Pursuit, mas com perguntas e respostas através de sinais muito ténues (esqueçam os cartões!).
Tem dias em que usa as bases do Solitário. Nos outros é um Xadrez onde só se usa o rei e a rainha, um de cada lado, ao som de um tango tocado a violino.
Na maioria dos casos é um Quem é Quem?, onde a figura mistério é sempre a mesma, e até de costas sabemos quem é.
Tem algumas coisas de Batalha Naval, até porque se não formos correspondidos vamos ao fundo.
Se a coisa corre mal, ficamos a jogar UNO, com cartas na mão que davam para fazer uma réplica do oceanário.
Tem uma pitada de Sabe Mais Que Um Miúdo de 10 Anos?, com a diferença de que saber mais que um miúdo de 10 anos não serve de nada.

Com um não que afinal queria dizer sim; com um sim que afinal queria dizer "é melhor não"; com sinais que não estavam lá, não demos por eles...mas devíamos; mover de mãos, mexer de cabelos, coçar de bochechas, suspiros, abrir de olhos, beicinhos, tremeliques, ranger de dentes, olhares insistentes, piadas secas, toques subtis, sussurros...e mais um conjunto enorme de sinais que precisavam de um Dan Brown para decifrar.

Digam-me...com estas regras da treta...como é que eu posso saber jogar?

Eu sou o homem do meio. Sou viciado nisto. Ate um dia.

domingo, 22 de março de 2009

sexta-feira, 20 de março de 2009

Your friendly neighbour, Man In The Middle

Quando criei este blog, criei um alter ego. Criei esta personagem que, embora a natureza do mundo o torne complicado, permanece incorruptível. Criei um ser que faz o bem, mas não qualquer um, apenas aquele que segue os seus próprios padrões morais. Fazer o bem seguindo qualquer outra figura acabaria indubitavelmente por se tornar maléfico. É nela que me projecto, sem grandes filtros, nesta máscara que me torna confiante do indivíduo que sou.

Ainda é recente, esta minha segunda cara, mas já lhe agradeço tanto. É na sua casa que partilho com toda a gente aquilo que sinto e que penso, sem o constrangimento de um discurso ao vivo, e muito menos exposto ao inevitável confronto com as reacções espontâneas alheias. É com ela que chego mais longe, mais rápido, mais forte.

O "Man In The Middle" faz com que esta tarefa de mostrar a toda a gente o meu verdadeiro eu se torne fácil. Não indolor, porque vasculhar no nosso âmago trás dor e melancolia, enquanto nos obrigamos a visitar o nosso passado, despertando uma nostalgia incontornável sobre tudo aquilo que deixámos.

De qualquer maneira, sendo eu ou o meu alter ego, andarei sempre por aqui. Ajudando aqueles que de mim precisam. Olhando por todos os que me rodeiam. Fazendo aquilo que posso para seguir um bom caminho.

Eu sou o homem do meio.Quando de mim precisarem, olhem para o céu. Até ao dia.